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Homem Formiga e a Vespa traz a comédia certeira

Com grande expectativa nas costas, o longa-metragem de Peyton Reed estreou na última semana, e traz o tom certo de comédia ao novo filme da Marvel

Beatriz Maineti
13/07/2018 às 14:04.
Atualizado em 28/04/2022 às 11:25
Homem Formiga e a Vespa não decepciona, e diverte o público (Divulgação)

Homem Formiga e a Vespa não decepciona, e diverte o público (Divulgação)

Homem Formiga e a Vespa estreou no último dia 5, e veio com uma expectativa grande nas costas: o longa-metragem dirigido por Peyton Reed tinha que começar a resolver o que aconteceu em Vingadores: Guerra Infinita. Ao invés de resolver, Homem Formiga e a Vespa aumenta o leque de opções do quarto – e talvez definitivo – filme da franquia. Mas o filme não decepciona. Muito pelo contrário, surpreende por ser, até agora, talvez o filme mais certo da Marvel Comics Universe (MCU) no quesito comédia. Viradas cômicas, o clássico humor romântico e a dinâmica divertem, além das pegadas certas que fazem do filme um sucesso de público e de crítica. O filme, estrelado por Paul Rudd e Evangeline Lilly, é claramente um tapa buracos entre Vingadores: Guerra Infinita e Vingadores 4 – ainda sem título. E, justamente por isso, acarretava uma grande responsabilidade ao mesmo tempo em que, talvez, não precisasse ser algo genial. Porém a comédia típica de screwball comedy, que é, basicamente, o engajamento de situações amorosas e cômicas com viradas rápidas, mantém o público atento e diverte de uma forma quase inconsciente. Além disso, explica, de maneira simplificada toda a questão científica do filme. A explicação quase banal das pesquisas do Dr. Pym, interpretado por Michael Douglas, é um grande exemplo da dinâmica imposta por Reed. Sem contar que as cenas de ação do filme são chamativas no ponto certo, e fica no lado certo da divisa entre a ação cômica e o ridiculismo. Grande parte da diversão do filme está no dinamismo criado entre Scott Lang, o personagem de Paul Rudd, e Hope Van Dyne, personagem de Evangeline Lilly. Justamente pelo tipo de comédia que o filme propõe, a superioridade da personagem feminina em cima do masculino é necessária, como na questão do conhecimento científico, que Hope tem de sobra, e Scott, por outro lado, não tem. Entretanto, um personagem não diminui o outro, apenas se complementam. A clássica tensão romântica que existe entre eles é clara, e aumenta um pouco mais a atenção no filme, já que a expectativa em cima dos dois é grande. Por falar nos atores, ambos são categoricamente bem feitos, com um destaque merecido à Paul Rudd. Com um exemplo de trabalho feito de maneira excepcional, Rudd encarna Scott Lang, e pode ser comparado a Robert Downey Jr. em sua atuação primorosa de Homem de Ferro 3. Porém, caso você não tenha assistido ou quase não se lembra de Capitão América: Guerra Civil, é melhor sentar para entender a história antes e sair correndo para o cinema. Tudo o que acontece em Homem Formiga e a Vespa tem relação direta com acontecimentos do filme que marcam um dos maiores conflitos entre heróis das histórias em quadrinhos. Na verdade, o novo longa da MCU acontece em consequência do que houve em Capitão América: Guerra Civil, com apenas dois anos de intervalo entre os filmes. Sendo assim, vale sentar no sofá e assistir ao filme do primeiro vingador antes de ver os poderes de encolhimento dos trajes do Dr. Pym. Marcado por ser um filme para toda a família, Homem Formiga e a Vespa conta com tudo que uma comédia não-pastelão precisa: um toque sutil de romance, caracterização, piadas de fácil entendimento e um pouco de ação. Com quase duas horas de filme e duas cenas pós-créditos, o filme vale cada minuto de uma maneira deliciosa. Os expectadores riem de algo além das piadas, riem da trama, e divertem-se genuinamente. Vale ficar até o final – até o final mesmo.

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