SOROCABA

Homem assume que matou a noiva carbonizada em carro

Homem confessou ter colocado a noiva, já desacordada, no porta-malas e ateado fogo em seguida

Eloy de Oliveira/Especial para AAN
30/09/2013 às 21:45.
Atualizado em 25/04/2022 às 02:10
Em seu depoimento, o acusado chegou a relatar que seu carro, um Prisma vermelho havia desaparecido ( Divulgação)

Em seu depoimento, o acusado chegou a relatar que seu carro, um Prisma vermelho havia desaparecido ( Divulgação)

Pouco mais de 12 horas após ser encontrado um corpo carbonizado no Jardim Flamboyand, zona norte de Sorocaba, a polícia descobriu que a vítima era mulher e que teria sido o noivo dela o autor do crime. José Geraldo Loyola Freire, de 40 anos, confessou ter colocado Deusinete Silva Araújo, de 51, já desacordada, no porta-malas do próprio carro e ateado fogo em seguida, às 3h desta segunda-feira (30). Ele disse ter encontrado mensagens no celular dela, trocadas com outro homem. Travou uma discussão e a mulher acabou caindo de uma escada. José Geraldo disse que achou que ela havia morrido.Desesperado com a situação, o homem afirmou ter tido a ideia de colocar o corpo no porta-malas, atear fogo e depois dizer que o veículo se incendiou sozinho, dando queixa de desaparecimento da mulher.O problema é que José Geraldo esqueceu um galão de plástico perto do carro. Chamados pelas pessoas próximas ao local onde o carro estava, na rua Atílio Silvano, os bombeiros encontraram o recipiente.Mais tarde, o homem apareceu no plantão policial para dar queixa do desaparecimento da noiva, com quem vivia havia quatro anos em uma casa no Jardim São Guilherme, também na zona norte.Em seu depoimento, ele disse que não bastasse o desaparecimento, seu carro, um Prisma vermelho, havia se incendiado. Disse não ter estado próximo do veículo, mas soube que os bombeiros estiveram lá.A essa altura, a polícia já investigava o caso como um assassinato e havia recolhido o galão. Quando o homem se apresentou ao delegado Acácio Leite, ele o observou detidamente enquanto o ouvia.O delegado verificou que o homem usava boné e tinha as sobrancelhas e os braços depilados. Também havia escoriações nas mãos. Ao pedir que retirasse o boné, viu o cabelo queimado.Interrogado já como suspeito do crime, José Geraldo negou, mas não soube explicar os sinais visíveis de ter estado próximo ao incêndio. Com autorização dele, a polícia foi à casa onde vivia com a noiva.Lá, foram encontrados outros galões semelhantes ao recolhido pelos bombeiros, produtos químicos e também dois celulares. A casa estava toda desarrumada como se tivesse havido uma luta no local.Ao verificar a situação, o delegado disse que a noiva dele havia morrido em um incêndio. Mas o homem não esboçou qualquer reação. Houve novo interrogatório e o homem acabou confessando.Após o depoimento, José Geraldo Loyola Freire foi indiciado por homicídio doloso (quando existe a intenção de matar) e foi encaminhado para o CDP (Centro de Detenção Provisória).

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