SAÚDE

HC de Ribeirão terá banco de pele humana

Este será o quarto banco de pele humana em todo o País e deve estar em funcionamento até 2014

Luís Augusto
11/02/2013 às 11:44.
Atualizado em 26/04/2022 às 04:59
Banco de Tecidos do Hospital de Clínicas de Ribeirão Preto terá setor para captação de pele humana (Lucas Mamede/AAN)

Banco de Tecidos do Hospital de Clínicas de Ribeirão Preto terá setor para captação de pele humana (Lucas Mamede/AAN)

Após quase dois anos da inauguração, o Banco de Tecidos Humanos do Hospital das Clínicas de Ribeirão está próximo de começar a operar os bancos de ossos e pele.

De acordo com o médico ortopedista Luis Gustavo Gazoni Martins, coordenador técnico do banco, restam apenas detalhes técnicos para o início das atividades. “A gente tem de trabalhar com segurança e atingimos um nível adequado para começar a trabalhar com convicção. Faltam detalhes como o ar condicionado e uma autovalidação dos procedimentos.”

A projeção feita é de que o banco de ossos comece a funcionar entre os meses de julho e agosto, porém, o banco de pele está previsto para ter a ativação no início de 2014. Desde outubro do ano passado, o Banco de Tecidos Humanos foi autorizado a captar tecidos músculo esqueléticos, mas um novo projeto foi encaminhado ao Ministério da Saúde e isso trouxe um investimento de R$ 2 milhões.

“Vamos transformar nosso banco em um banco de multi tecidos. A ideia é que tenhamos pele, válvulas cardíacas, membranas amnióticas e demais tecidos agregados”, declarou o médico ortopedista.

Em janeiro, a Vigilância Sanitária fez uma vistoria no setor, que fica dentro da Unidade de Emergência, no Centro.

O Banco de Tecidos do HC será direcionado ao atendimento das cirurgias ortopédicas de alta complexidade. Ele compreenderá a captação, processamento, armazenamento e distribuição de ossos, tendões e fáscia (tecido que recobre o músculo).

O Banco de Tecidos do HC de Ribeirão será o quarto banco de pele, e o sétimo banco de ossos do País. “Esse tipo de novidade, como o banco de pele é fundamental porque vai oferecer a estrutura adequada para o atendimento seja ainda melhor e ajude a salvar vidas”, afirmou o empresário Fabiano de Assis Amaral, 37 anos, que há quatro anos viveu um drama com o filho Miguel Victor do Amaral. “Meu filho estava brincando com os amigos e tiraram a pólvora de uma bombinha. Quando ele foi acender a pólvora a chama subiu e pegou todo o rosto dele.”

O jovem sofreu queimaduras de segundo grau na face e precisou de três meses passando por sessões de limpeza e recolocações de curativos no Setor de Queimados do HC-UE para recuperar a pele do rosto.

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