GUTO SILVEIRA

Há muitos Judas

Guto Silveira
antonio.silveira@gazetaderibeirao.com.br
29/03/2013 às 21:30.
Atualizado em 25/04/2022 às 22:31

Sábado de Aleluia é dia de malhar Judas, pois não? Tradição vigente em comunidades católicas e ortodoxas e introduzida na América Latina pelos espanhóis e portugueses, o ato simboliza a morte de Judas Iscariotes. Passada a pequena história publicada na Wikipédia, vamos a algumas considerações. O Brasil está cheio de Judas que merecem ser malhados. Pode-se escolher um rosto de José Sarney, Marco Feliciano, Renan Calheiros ou qualquer outro político que mereça umas pauladas para espantar a falta de vergonha e pudor. Mas há inúmeros exemplos que o leitor pode escolher, de acordo com sua preferência. Quem é petista, que arrebente com Fernando Henrique Cardoso, Aécio Neves, Geraldo Alckmin etc., para ficar apenas em três lideranças. Mas se a simpatia for por tucanos, um boneco de Luiz Inácio Lula da Silva pode levar uma surra. Dilma Rousseff também. Mas tudo deve ser feito com muito respeito. Com a cerimônia que o ato merece. Há quem queime os bonecos também, mas aí já é extremismo. Afinal, os políticos precisam de correção apenas, não de morte. Então escolha o seu preferido e se divirta. Com cuidado, sem excessos.

SEM COMEMORAÇÃO

Neste domingo, 31 de março, é lembrado o aniversário do início da ditadura brasileira, que durou mais de 20 anos. São 49 anos desde 1964. Mas não há o que comemorar. Depois da redemocratização, a poeira baixando aos poucos, é possível ver que foram muitas as barbaridades cometidas no País, em nome da ordem. Por isso, pela importância política e histórica, o fato merece uma lembrança.

LADOS

Também atualmente, com tantos ressentimentos de pessoas que passaram por tortura, que teve familiares presos, torturados e até assassinados, o outro lado começa a se mexer. Há um cidadão que envia pelo menos duas mensagens eletrônicas por dia a jornais criticando os comunistas de então e defendendo os militares. Com críticas ferrenhas à Comissão da Verdade. Faz parte da democracia a convivência de contrários. Então, que eles se movimentem.

SEM CLIMA

Mas é preciso olhar com cautela tais movimentos. O rancor não é um bom conselheiro. Que cada um reclame à sua moda, mas sem enfrentamentos desnecessários. É claro que hoje o País não demonstra nem um clima de situação mais acirrada, mas nunca é demais defender as instituições democráticas.

SOM VAZADO

Durante a encenação da Caminhada do Calvário, na tarde desta sexta-feira, na Esplanada do Pedro II, por várias vezes o som que deveria chegar apenas ao ponto dos atores acabou vazando para a plateia. Já antes do início vazou o ensinamento de uma pessoa ao locutor oficial Luiz Schiavoni, de como ligar e desligar o microfone. Afora estes deslizes e o atraso considerável, a representação convenceu e comoveu as pessoas.

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