DISCIPLINA

Guarani se arma para evitar os cartões

O ex-árbitro Alfredo Loebeling orienta os jogadores sobre como agir diante das novas determinações

Carlos Rodrigues
24/06/2015 às 22:14.
Atualizado em 23/04/2022 às 09:36
Raphael Claus adverte Gabriel, do Palmeiras, com cartão amarelo em partida contra o Grêmio no último sábado (20): rigor contra as reclamações (Edu Andrade/AE)

Raphael Claus adverte Gabriel, do Palmeiras, com cartão amarelo em partida contra o Grêmio no último sábado (20): rigor contra as reclamações (Edu Andrade/AE)

O Guarani usou o período de intertemporada em Sorocaba para se preparar no aspecto técnico, tático e físico, mas também se preocupou com a questão disciplinar. A nova diretriz da Comissão de Arbitragem da CBF, que passou a ser colocada em prática durante o Campeonato Brasileiro e prega tolerância zero contra reclamações, mudou bastante o tratamento entre árbitros e jogadores e fez "explodir" o número de cartões amarelos e vermelhos. Preocupado com o risco de eventuais suspensões para a sequência da Série C, o clube recebeu a visita do ex-árbitro Alfredo Loebeling, que falou com os jogadores sobre as instruções e como muda o comportamento dos juízes. O fato de não ser permitido mais que os atletas sequer se dirijam aos árbitros tem gerado bastante controvérsia. E, entre as três principais divisões do Campeonato Brasileiro, é justamente a Série C a que registra o maior número de cartões, em porcentagem, por reclamação. Das 234 advertências em 40 partidas do torneio, 62 foram por esse motivo, o que representa 26,4% do total. Na Série A, 22,1% dos cartões são por reclamação, enquanto na Série B, o número chega a 20,8%. Membro do quadro da Fifa entre 2001 e 2002 e árbitro em duas finais de Campeonato Paulista, Loebeling não concorda com a "novidade", mas explica que os atletas precisam se adaptar aos novos conceitos. "O erro está na formação do atleta e do árbitro. Antes podia tudo, agora não pode nada. Estão surgindo situações absurdas. O jogador faz uma falta pesada e o árbitro vai lá e só dá advertência verbal, mas se houver uma reclamação, é cartão direto", compara. "Fui lá para conversar sobre as mudanças, as instruções da Fifa e mostrar que árbitro e jogador não devem ser inimigos." Segundo o ex-árbitro, o excesso de autoridade dada aos responsáveis por apitar a partida tem contribuído para o que vem acontecendo no Campeonato Brasileiro. "Acaba se tornando um autoritarismo, como se o árbitro estivesse acima de tudo, mas ele não está. Apenas a reclamação excessiva tem que ser punida", completa Loebeling. O técnico do Guarani, Paulo Roberto Santos, acompanhou o papo e viu como importante a iniciativa de conscientizar os jogadores. " Eles precisam estar atualizados e cientes do que podem e não podem fazer em campo. Espero que as informações passadas sejam bem assimiladas." CONDEPACC O Condepacc (Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas) se reúne na manhã desta quinta-feira (24) para decidir se acata ou não o pedido de tombamento do Brinco de Ouro. A expectativa no clube é de que o processo seja arquivado, pois uma decisão favorável impediria a negociação do patrimônio, visto como única salvação para a sobrevivência do Bugre. Autor da solicitação, o presidente da Academia Campineira de Letras e Artes, Sérgio Caponi, garantiu na segunda-feira (22) que cancelaria o pedido.EM MINAS O Guarani faz, nesta quinta, o primeiro treino em Pedra Dourada, local da concentração para o jogo de sábado (27), diante da Tombense. Um desfalque na delegação será o meia Fernandinho, que está abalado com a morte do avô e não viajou para Minas. Em seu lugar, Vítor Hugo se juntou ao grupo.

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