Ex-presidente do Bugre é acusado de supostas práticas dos crimes de estelionato e lavagem de dinheiro
Afirmando ter provas documentais dos prejuízos causados ao clube, a diretoria do Guarani pediu abertura de um inquérito policial para apuração de eventuais atos ilícitos da administração do ex-presidente Marcelo Mingone, que foi dirigente do Bugre entre novembro de 2011 e novembro de 2012. A ação foi protocolada na última sexta-feira (14), no 10º Distrito Policial de Campinas, com a acusação de supostas práticas dos crimes de estelionato e lavagem de dinheiro. O empresário Hugo Gualter Ardison, que representa a Ardizzoni Consultoria LTDA e a IS Prestação de Serviços LTDA, também está sendo acusado.
Segundo afirma o documento que foi entregue à polícia, “a suposta prática de estelionato para o enriquecimento ilícito baseou-se no proveito dissimulado da doação de direitos econômicos, venda e empréstimo de atletas de futebol. Mingone teria se valido de empresas de terceiros, com quem estava previamente ajustado, para obter, mediante ardil, parte dos valores arrecadados com a venda e empréstimos de alguns atletas de futebol profissional revelados pelo clube.”
O clube pede que sejam quebrados os sigilos bancário e telefônico de Mingone para que se possa tentar comprovar que os direitos econômicos de jogadores como Bruno Mendes, Eduardo, Adelino, Oziel e Maranhão foram mesmo cedidos ao empresário Hugo Ardison. “Vamos tentar fazer a prova de que vários jogadores foram coagidos para que assinassem com a Ardizzoni. Existem contratos e ele (Marcelo Mingone) vai ter que explicar isso, por que o Guarani doava o percentual que tinha sobre o jogador para essa empresa”, explicou Gustavo Moura Tavares, vice-presidente financeiro do clube, que revelou que o próximo passo a ser tomado será entrar na Justiça Comum.
“Agora cabe à Justiça definir a situação. Acredito que haverá quebra de sigilo bancário, telefônico e fiscal para que os prejuízos do Guarani possam ser ressarcidos ou então que as pessoas possam responder pelo que fizeram ao patrimônio do Guarani”, comentou o presidente Álvaro Negrão.
Procurado pela reportagem, o ex-presidente Marcelo Mingone se defendeu de todas as acusações e fez críticas a atual gestão. “Essa diretoria é incompetente, não paga salários e fica se escondendo em outras coisas. Isso não me preocupa, tenho certeza que não houve nada de errado durante o tempo em que fui presidente. São eles que vão ter que provar tudo que estão falando.”