Guarani mantém treinador para disputa da Série C

O primeiro passo da reformulação do Guarani para a Série C do Campeonato Brasileiro já foi dado, mas não representa nenhuma mudança. Conforme o planejado, a diretoria conversou com o técnico Ademir Fonseca nesta terça-feira (28), as partes entraram em acordo e ele será o treinador da equipe para a sequência da temporada. O contrato será assinado nesta quarta-feira (29) e vale até o final do torneio nacional.Pesou nessa decisão o desempenho do time na reta final da Série A2. Embora não tenha levado o Bugre ao acesso, o comandante conseguiu, em cinco jogos, 60% de aproveitamento e deu ao time mais padrão de jogo. "Ele já tem conhecimento do elenco e deu padrão de jogo para a equipe. Tomamos por base essa situação. Também por ele ter se enquadrado nos parâmetros do Guarani" , disse o presidente Horley Senna.A experiência de Fonseca na Série C também foi determinante para a renovação. No ano passado, ele foi o responsável por conduzir o CRB na campanha do acesso do clube alagoano. "Ele conhece bem a divisão e conta também o fato dele ter subido. Por isso, achamos vantajoso continuar com o treinador" , explica o presidente, que afirmou que as modificações no elenco irão acontecer após o término do Paulista. "Vamos respeitar e esperar o fim do campeonato. A partir da próxima semana vamos começar a montar o elenco" .DESMANCHE Embora ainda não haja uma definição exata de quantos jogadores vão sair, o capitão do time se preocupa com um possível desmanche da equipe. Nesta terça, o meia Fumagalli comentou sobre as dispensas que vão acontecer no Bugre e disse esperar a manutenção de pelo menos uma parte da base. Para ele, começar a montagem do time a partir do zero antes do início da Série C pode atrapalhar o alviverde.O jogador usa o pouco tempo entre um torneio e outro para explicar seu posicionamento. Exatamente 15 dias separam a despedida na competição estadual, no sábado (2), diante da Ferroviária, e a estreia no Brasileiro, contra o Guaratinguetá, marcada para 17 de fevereiro. "Desde o final do ano passado eu venho falando isso. Se você tem uma base formada, é muito mais fácil e não precisa começar do zero" , analisa." Da temporada passada para essa ficaram só eu, Pegorari, Watson e Carpini, enquanto 90% do grupo acabou saindo. Agora, acredito que permaneça uma porcentagem maior" .Segundo Fumagalli, o fato do time não ter conseguido o acesso não pode apagar completamente o trabalho feito pela equipe. "Nós temos um grupo de qualidade. Com certeza é preciso ganhar reforços, isso é natural do futebol, mas ter a base já te dá um entrosamento. Ter uma espinha dorsal consistente e montada facilita o trabalho dos jogadores que estão aqui e dos que vão chegar" , destaca o meia.