LESÕES

Guarani erra na volta de atletas recém-recuperados

A fraca condição física de alguns jogadores, a falta de estrutura do clube e uma certa precipitação no retorno estão fazendo o tiro sair pela culatra

Carlos Rodrigues
carlos.rodrigues@rac.com.br
17/03/2016 às 22:45.
Atualizado em 23/04/2022 às 01:24
Oziel voltou a jogar contra o Penapolense e se machucou logo aos 11 minutos do primeiro tempo (Rodrigo Villalba/Guarani FC)

Oziel voltou a jogar contra o Penapolense e se machucou logo aos 11 minutos do primeiro tempo (Rodrigo Villalba/Guarani FC)

Escalar jogadores recém-recuperados de contusão tem sido uma das alternativas do Guarani para amenizar os desfalques. Mas a fraca condição física de alguns atletas, a falta de estrutura do clube e uma certa precipitação nesse retorno estão fazendo o tiro sair pela culatra. O episódio ocorrido com Oziel na derrota para o Penapolense é só mais um exemplo disso. Após ficar seis partidas fora da equipe por conta de uma lesão muscular, o lateral-direito voltou ao time logo após ser liberado, mas a coxa não aguentou muito mais do que dez minutos. E o que poderia ser uma opção para as próximas partidas se transforma em uma nova baixa. Logo depois do jogo em Penápolis, o técnico Pintado foi questionado se não houve precipitação na escalação de Oziel, ainda mais após a boa atuação de Eduardo no jogo anterior. O treinador bugrino negou e disse que havia recebido o aval da preparação física. É verdade que o lateral estava liberado pelo departamento médico, mas, internamente, a recomendação era de que o jogador ficasse treinando e voltasse a jogar apenas contra o Independente, no dia 25. Não é a primeira vez que isso acontece na Série A2 deste ano. Após uma lesão na estreia, contra o Monte Azul, o atacante Max voltou ao time três jogos depois, diante do Bragantino, mas nem conseguiu completar a partida e se machucou de novo. Depois, desfalcou o Guarani em seis jogos e reapareceu contra o São Caetano. No duelo seguinte, já estava vetado por conta do mesmo problema. No caso de Flávio Caça-Rato, a situação é um pouco diferente. Após um período de inatividade de sete meses e uma lesão sofrida antes do campeonato começar, o atacante emendou uma série de seis partidas como titular. Mesmo não terminando nenhum dos jogos, a maratona cobrou caro, a musculatura estourou e CR7 é mais um sem retorno definido. Diante disso tudo, a responsabilidade é de quem libera ou de quem precisa do jogador e o escala? Ninguém sabe, já que o departamento de preparação física do Guarani não se pronuncia oficialmente sobre o caso. E a assessoria de imprensa também não comenta a situação.

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