CONTRASTE

Guarani e Ponte vivem situações bem opostas

Bugrinos sofrem com a má fase sem fim, enquanto os pontepretanos desfrutam a ascensão do clube

Carlos Rodrigues e Paulo Santana
08/04/2013 às 22:00.
Atualizado em 25/04/2022 às 21:12

Os times de Campinas vivem momentos distintos. Enquanto a Ponte Preta vai acumulando bons resultados e reforçando suas estruturas, o Guarani enfrenta uma crise que parece não ter fim.

Nos últimos seis meses, a Macaca disputou 28 partidas e somou 60,7% dos pontos possíveis. Já o Bugre entrou em campo 27 vezes e obteve apenas 17,2% de aproveitamento. Se a Macaca conseguiu a permanência na elite do Brasileirão e ainda beliscou vaga na inédita Copa Sul-Americana, o Bugre acabou rebaixado para a Série C do nacional e hoje convive com sério risco de cair para a segundona do estadual.

Nos últimos 180 dias, a Ponte ganhou 14 partidas pelos campeonatos Paulista e Brasileiro e pela Copa do Brasil. Empatou nove e perdeu apenas cinco. Três derrotas aconteceram no mês de outubro do ano passado diante de Náutico (2x1), Fluminense (2x1) e Sport (3x1). Depois disso, só caiu contra o Bahia (1x0) e voltou a tropeçar no último domingo (07/04) no confronto com o Palmeiras (2x1).

Foram 140 dias sem perder, período em que quebrou o recorde de invencibilidade do clube no torneio estadual e vem se mantendo entre os quatro melhores desde o início da temporada. "Os resultados dentro de campo só confirmam o bom trabalho que estamos fazendo do lado de fora. É bom ver a Ponte passando por um momento como este", comemora o presidente Márcio Della Volpe.

A Macaca só trocou de técnico em setembro porque Gilson Kleina pediu para sair depois de dois anos no clube. E a aposta da diretoria no pouco conhecido Guto Ferreira deu certo. Contando com uma boa estrutura financeira, conseguiu trazer reforços de peso como o artilheiro William e o meia Ramirez, integrante da Seleção Peruana, e ainda manteve a base do ano passado.

No lado alviverde da cidade, o retrospecto recente é dos mais negativos. Nos últimos 180 dias, o Guarani conseguiu apenas três vitórias, contando Série B e Campeonato Paulista. Em novembro do ano passado bateu o ASA (2x1) e em fevereiro de 2013 foram mais dois triunfos — contra São Caetano (3x1) e XV de Piracicaba (3x2). No mais, foram cinco empates e 19 derrotas.

O mau desempenho dentro de campo se refletiu fora dele. Além da intensa reformulação no grupo de jogadores, quatro técnicos deixaram o Bugre nesses seis meses (Oswaldo Alvarez, Vilson Tadei, Zé Teodoro e Branco). Nem o principal cargo do clube passou ileso diante de tanta pressão. Em novembro do ano passado, Marcelo Mingone renunciou à presidência e Álvaro Negrão assumiu o comando.

Para a disputa da Série C, o Guarani outra vez fará grandes mudanças. Além da contratação de um treinador, o objetivo é reduzir a folha salarial — o clube deve um mês de pagamento aos jogadores e o segundo está para vencer. A aposta é em um elenco barato e que queira mostrar serviço. "Não é salário que faz o futebol encaixar e o time conseguir sucesso. Vamos atrás de jogadores jovens e compromissados a ajudar o Guarani a subir", destaca o presidente Álvaro Negrão.

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