PIRACICABA

Grupo de sem-terra recebe ofício de reintegração

É a segunda vez que o grupo - que conta com cerca de 100 famílias - invade uma área em Piracicaba

Ana Cristina Andrade
ana.andrade@gazetadepiracicaba.com.br
07/11/2013 às 11:01.
Atualizado em 26/04/2022 às 11:35

A Polícia Militar, uma oficial de Justiça e um advogado representando o proprietário da fazenda Bela Vista, invadida pelo Movimento dos Sem-Terra (MST) no dia 21 do mês passado, estiveram quarta-feira (6) no local entregando aos ocupantes da área, que fica no bairro Batistada, o ofício que determina a reintegração de posse daquela área.A entrega era para ter acontecido na semana passada, mas por conta de uma forte chuva acabou sendo adiada. O documento foi expedido pelo juiz da 2ª Vara Civel do Fórum de Piracicaba, Douglas Veloso Balbino da Silva.Quarta de manhã, segundo o capitão Colombo, do 10º Batalhão, a leitura do ofício foi feita para cerca de 40 pessoas que não esboçaram nenhuma reação contrária, mas ficaram separadas da comitiva, por madeira e bandeiras do Movimento.A área, conforme traz o documento emitido pela Justiça, tem plantação de cana-de-açúcar e é de preservação permanente. Consta na notificação que, caso haja qualquer dano, os reparos deverão ser feitos pelos ocupantes.Nesta quinta-feira, segundo Colombo, deverá ser marcada a primeira reunião com todos os órgãos que estarão envolvidos na reintegração ( a data ainda será definida). Serão representantes da Polícia Militar, prefeitura - por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social - Ministério Público, Conselho Tutelar, e dos sem-terra, entre outros.“Faremos quantas reuniões forem necessárias, para que a reintegração possa ocorrer sem nenhum problema. Queremos que eles saiam de lá de maneira pacífica, como aconteceu no mês passado na rodovia Piracicaba-Charqueada”, declarou o oficial da PM.É a segunda vez que o mesmo grupo - que hoje conta com cerca de 100 famílias - invade uma área em Piracicaba. A primeira vez, em agosto deste ano, o assentamento foi montado por cerca de 200 pessoas, entre adultos e crianças, na Fazenda Lavínia, quilômetro 178 da SP (308), rodovia Hermínio Petrin.Na primeira reintegração, os sem-terra saíram de forma pacífica deixando para trás parte do material utilizado na montagem do acampamento (plásticos e madeiras). A pretensão deles, segundo relataram na primeira ocupação, era transformar a área do assentamento com o plantio de produtos de qualidade e sem o uso de agrotóxicos.Além das viaturas de Radiopatrulha, no dia da reintegração, a Polícia Militar deverá ser apoiada pelo helicóptero Águia.

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