Agentes protestam contra as condições de trabalho em Hortolândia ( Dominique Torquato/AAN)
Os agentes do Complexo Penitenciário Campinas Hortolândia aderiram nesta segunda-feira (10) à greve estadual da categoria que cobra o cumprimento da pauta de reivindicações apresentada ainda em meados do ano passado ao governo paulista. A pauta prevê reposição salarial de 20,64% (referente a perdas acumuladas entre 2007 e 2012); pagamento de auxílio-refeição corrigido a todos os trabalhadores; instituição de plano de carreira. Se protesta ainda contra as condições precárias e insalubres de trabalho em penitenciárias superlotadas. Estima-se, por exemplo, que as unidades paulistas estejam operando com um déficit de pelo menos 10 mil agentes. Três serviços essenciais - alimentação saúde e banho de sol aos presos - são mantidos. Foram suspensos as remoções e o recebimento de novos presos, assim como os atendimentos prestados por assistentes sociais e psicólogos; entrega de encomendas postais; visita de advogados e atividades de empresas que possuem convênios de trabalho com os presos dentro das unidades. Os agentes de todo o estado resolveram manter a greve mesmo com a abertura das negociações sinalizada pelo Governo do Estado, segundo informação da Agência Estado. Na última sexta-feira, após tomar conhecimento da greve, a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) divulgou nota anunciando uma reunião para a terça-feira (11) com o objetivo de discutir a pauta de reivindicações com os sindicatos dos trabalhadores do sistema. Apesar disso, a greve foi mantida. Complexo Penitenciário O presídio fica na Rodovia Campinas-Monte Mor, entre os km 4,5 e km 5, na cidade de Hortolândia, divisa com Campinas. Integram no presídio sete unidades: três centros de detenção provisória, um centro de progressão penitenciária e três penitenciárias.