Greve afeta a todos

A greve dos professores, encerrada na sexta-feira, sob protestos da categoria que queria continuar com a paralisação pode não ter sido uma boa solução para a categoria, que continua com o mesmo reajuste de 8,1% proposto pelo governo, contra a reivindicação de 36,74%. Mas não deixa de ser uma saída. A promessa de novas negociações em agosto, feita pelo governo estadual, representa risco de não acontecer. Neste caso os professores têm a chance de voltar a fazer manifestações e até paralisação, sempre como última medida de pressão. Talvez fosse o caso de manter o movimento para pressionar mais até que se chegasse a um ponto mais próximo do consenso, com o intuito de se evitar novas paralisações. Isso porque a greve em uma educação já patinando por falta de estrutura e valorização dos profissionais é muito ruim, principalmente para os alunos. Já passou da hora de o governo encontrar uma saída que contente pelo menos a maioria dos professores, em nome da estabilidade do ensino. Se já há falhas, a instabilidade só piora as coisas. Mas, infelizmente, o governo prefere divulgar números e percentuais nem sempre verdadeiros, enquanto sindicalistas também maximizam os problemas existentes. Uma guerra onde todos são derrotados.

CÓPIA DO RIO?

Depois do Cristo Redentor maior que o do Rio de Janeiro, Sertãozinho agora quer ter também um teleférico, como na capital fluminense. Nesta segunda-feira (13), os vereadores da cidade votam projeto dos vereadores Lúcio Martins de Freitas (PR), o Lúcio da Rádio, e do presidente da Mesa Diretora Rogério Magrini dos Santos (PTB) o Zezinho Atrapalhado, que autoriza o Executivo a firmar parcerias com empresas privadas para a instalação de teleférico no Parque Ecológico e de Lazer Gustavo Simioni. É só aguardar.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

O vereador Beto Cangussú (PT) vem realizando audiências públicas e debates para aperfeiçoar seu projeto que cria a política municipal de educação ambiental. Ele disse que não tem a pretensão de aprovar logo a proposta, mas quer que ela atinja seu objetivo, por isso as audiências públicas, como a realizada na quarta-feira passada que contou com conhecedores do assunto.

CONSTITUCIONAL?

O vereador, no entanto, já ouviu pelos corredores da Câmara que pode ter problemas para conseguir o parecer da Comissão de Constituição de Justiça (CCJ), que pode alegar inconstitucionalidade do projeto, por criar despesas ao município. Por isso já está de olho em projetos similares que conseguiram o parecer e foram até aprovados. Mas a aprovação não significa garantia de virar lei, porque o Executivo pode vetar.

E O LEILÃO

A Câmara de Ribeirão Preto deve voltar a analisar nesta semana o projeto do vereador Bertinho Scandiuzzi (PSDB) que prevê a realização de leilões para as casas retomadas pela Cohab em ações judiciais. O projeto chegou a ser discutido, mas a votação foi adiada para a apresentação de emendas. As mudanças podem transformar o leilão em sorteio. De qualquer forma, a transparência na distribuição estará garantida.