SERÁ?

Gol impossível de 1949 é lembrado da festa do XV

17/11/2013 às 05:30.
Atualizado em 26/04/2022 às 14:33

"Faltavam três minutos para o fim do jogo e estávamos perdendo por 2 a 1. Teve então um escanteio, e eu cobrei. Bati na bola e fui correndo para a área para pegar o rebote. Mas estava ventando um pouco. Quando vi, antes da bola bater em alguém, cabeceei. Caí com ela dentro do gol." O ex-atacante José Maria Cervi, o Russo, 86 anos, descreve o lance mais pitoresco e envolto em lendas da história do XV de Piracicaba, que festejou cem anos na sexta-feira. O hoje advogado jura que o estádio Roberto Gomes Pedrosa, em Piracicaba, viu em 28 de agosto de 1949, no empate por 2 a 2 com o Santos, um "gol impossível, que nem Maradona e Pelé fizeram". "Não estou esclerosado. O impossível aconteceu. Só o Russo fez isso", afirma, em terceira pessoa, Cervi. Como uma boa lenda urbana, seja verdadeira ou fantasiosa, não faltam testemunhas para comprová-la. "Cada um conta uma história, mas muita gente na cidade viu. O campo era pequeno, a bola, de capotão, mais influenciável pela ação do vento", diz o historiador do XV de Piracicaba, Rui Kleiner. "Ouço essa história desde que passei a frequentar as arquibancadas, aos dez anos. Meu pai diz que estava no estádio e que é verdade", reforça o presidente Celso Christofoletti. O jornalista da TV Globo Léo Batista, 81 anos, então narrador de uma rádio de Piracicaba, diz ser testemunha da história. Via assessoria de imprensa da emissora, confirmou a lenda e afirmou que os "jogadores do Santos queriam matar o árbitro inglês".

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