CASO GUARUJÁ

Garçom foragido se apresenta à Justiça

Robson de Lima é o terceiro suspeito da morte de estudante campineiro durante o Revéillon

Da redação
17/07/2013 às 08:08.
Atualizado em 25/04/2022 às 08:39

A primeira audiência sobre o assassinato do estudante campineiro Mário dos Santos Sampaio, morto a facadas aos 22 anos, na véspera do Ano Novo, durante uma briga após divergência de R$ 7,00 na conta de um restaurante no Guarujá, foi marcada nesta terça-feira (16) pela presença do garçom Robson Jesus de Lima, que estava foragido desde fevereiro, quando teve a prisão decretada por envolvimento no crime.

O proprietário da churrascaria, José Adão Pereira Passos, e o filho dele, Diego Souza Passos, já estavam presos. Eles respondem por homicídio qualificado e também participaram da audiência.

A expectativa era de que 11 testemunhas fossem ouvidas na sessão desta terça no fórum da cidade litorânea, mas apenas três prestaram depoimento.

Quatro foram dispensadas e quatro serão ouvidas na próxima audiência, em 15 de outubro. O garçom foi interrogado e liberado em seguida. Lima já havia entrado com um pedido de liberdade e compareceu à audiência como prova de que está disposto a colaborar. “Ele aguardava a resposta sobre o pedido de liberdade e como compareceu hoje (terça) no fórum a juíza entendeu que ele pode responder em liberdade, ao menos por enquanto”, informou o advogado da família do estudante Antonio Gonzalez dos Santos Filho.

Para Santos Filho, a grande surpresa da audiência foi a estratégia dos advogados de defesa dos réus, que quiseram inverter a ordem dos depoimentos. “Geralmente, as testemunhas são ouvidas primeiro, mas a defesa tanto de José Adão e de Diego quanto a de Lima preferiu que os réus fossem interrogados primeiro.” Além disso, pai e filho mudaram a versão dada antes, que relatava legítima defesa. “Desta vez, José Adão assumiu a culpa sozinho. Parece que ele quer livrar o filho, mas as testemunhas confirmaram que houve a briga e que Diego também participou do crime.” Pai e filho devem ser transferidos para um Centro de Detenção Provisória (CDP) nos próximos dias, conforme determinação da juíza.

Procurados, os advogados dos réus não foram encontrados. Durante a sessão, familiares, amigos e pessoas que se solidarizaram com o caso realizaram uma vigília diante do fórum para pedir justiça e protestar contra o Código Penal vigente.

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