Eles revindicam um acordo com a Prefeitura para que os profissionais não sejam dispensados
Funcionários do Cândido Ferreira protestaram na Prefeitura de Campinas ( Carlos Sousa Ramos/AAN)
Cerca de 100 funcionários e usuários da rede de saúde mental de Campinas, contratados por meio de convênio com o Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira, protestaram segunda-feira (26) de manhã em frente ao Paço Municipal. Eles revindicam um acordo com a Prefeitura para que os profissionais não sejam dispensados quando o contrato com a unidade hospitalar se expirar, em julho do ano que vem. Além disso, querem impedir a saída de alguns serviços administrados pela instituição de três prédios municipais. Essa foi a segunda manifestação de trabalhadores do Cândido em menos de uma semana. No dia 20, profissionais foram ao Palácio dos Jequitibás contra ao atraso no pagamento do dissídio. Aproximadamente mil pessoas integram o serviço de saúde mental do município por meio de um convênio entre a Prefeitura e a unidade hospitalar, e atendem quase 10 mil usuários por mês, principalmente nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps). Um manifesto distribuído em frente ao Paço informou que os profissionais estavam em estado de greve. O atendimento nos Caps funciona hoje em esquema de plantão. No documento, eles explicaram também que a Administração não está cumprindo o acordo em relação à participação de trabalhadores, usuários e familiares no sistema de co-gestão do serviço. “O sistema campineiro, que é referência internacional em saúde mental, está sendo sucateado”, afirmou a terapeuta ocupacional Carolina Con Andrades Luiz, uma das porta-vozes do grupo. Ainda de acordo com os manifestantes, a Prefeitura de Campinas ainda não repassou um prêmio de R$ 95 mil, oferecido pelo Ministério do Saúde, para ser aplicado em quatro projetos de ressocialização. O Secretário de Saúde de Campinas, Carmino Antonio de Souza, disse que a pasta está em diálogo com a diretoria do Cândido para acertar como será a transição do serviço de saúde mental para administração municipal em julho de 2014. Ainda de acordo com o secretário, nada impede que os profissionais da instituição continuem nos Caps.