LIMITADO

Fragilidade do ataque gera preocupação no Guarani

Arthur e Dennis deixam péssima impressão na estreia e diretoria tem dificuldade para contratar reforços

Carlos Rodrigues
26/05/2015 às 20:07.
Atualizado em 23/04/2022 às 12:22
O atacante Dennis durante "cavada" de pênalti contra o Londrina: atuação do camisa 9 foi muito ruim (Élcio Alves/AAN)

O atacante Dennis durante "cavada" de pênalti contra o Londrina: atuação do camisa 9 foi muito ruim (Élcio Alves/AAN)

Arthur e Dennis estrearam pelo Guarani com a missão de melhorar os números ofensivos do time, mas a péssima impressão deixada pela dupla na derrota para o Londrina só serviu para mostrar a necessidade de se reforçar o setor. Como Nunes - mesmo ainda sob contrato - não vestirá mais a camisa bugrina, a diretoria terá que aumentar os esforços em busca de outras opções, mas as dificuldades vividas pelo clube são um indicativo de que o torcedor não pode sonhar com algo muito melhor no que diz respeito à contratações.O nome de Magrão, que defende o Mogi Mirim, segue nos planos, mas o fato do jogador estar atuando pela Série B freia o ímpeto bugrino. O próprio técnico Ademir Fonseca admite o desafio e teme que, pelas circunstâncias atuais, não seja possível qualificar a equipe. "Trazer jogador para o Guarani hoje é muito difícil. Vai chegar num ponto que, se não mudarem as coisas, ninguém vai querer jogar no Guarani" , revela o treinador, que ainda espera uma mudança de rumo. "A diretoria está tomando medidas para tentar atrair jogadores. Ninguém sabe o que vai acontecer no futuro, mas esperamos com possíveis chegadas tentar fazer um grupo mais forte" .Sobre o caso específico do ataque, o comandante bugrino preferiu não repetir a postura do presidente Horley Senna - que, após o jogo, disse publicamente que as apostas para o ataque não corresponderam à confiança da diretoria -, mas disse que é um setor que preocupa bastante. "Com certeza, o ataque tem nos preocupado muito. Mas vamos estudar e analisar bem antes de tomar uma decisão concreta" .Uma dessas decisões pode ser o remanejamento do meia Fumagalli para o ataque. Na segunda-feira (25), quando o Guarani atuava com um a menos, o capitão foi deslocado para jogar mais adiantado. Jogando dentro da área, fez mais do que os atacantes de ofício e, além de duas finalizações que pararam no goleiro, ainda marcou o gol do time. "O Fumagalli foi muito bem como centroavante, criou as melhores chances do time. Quem sabe não pode ser usado ali" , projeta Fonseca.Artilheiro da equipe no ano e autor dos únicos dois tentos marcados pelo Bugre na Série C do Brasileiro, Fumagalli despistou sobre ser utilizado no ataque e reforçou a confiança nos companheiros. "Eu gosto de jogar ali na frente, mas nós temos que dar apoio aos que jogaram. O Arthur e o Dennis chegaram há uma semana, duas. É preciso dar tempo e confiança que eles vão dar conta do recado" .BOMBEIRO Em dia seguinte à derrota do Guarani, tem sido mais do que comum a presença do meia Fumagalli para dar entrevista. Nesta terça-feira (26), para variar, não foi diferente. E ele foi o único a ter que dar explicações. Algo que, para ele, incomoda, mas já se tornou normal. "Por estar há mais tempo no clube, tenho essa responsabilidade de dar a cara nesses momentos mais difíceis. Tem hora que incomoda também, mas são ossos do ofício. Tem que ter bastante paciência" .E O SUPERINTENDENTE? Responsável pela montagem do time, o superintendente de futebol, Lucas Andrino, continua sem dar declarações à imprensa em geral desde o fracasso na Série A2. Nesta terça, mais uma vez, ele não apareceu, apesar do pedido de repórteres. Questionado sobre o papel do dirigente, Fumagalli preferiu ser político e não entrar em polêmica. "Se ele não quer dar entrevistas, é parte pessoal dele. A gente responde por nós e ele responder por ele" , contemporizou.

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