CAMPINAS

Fórum está há 2 anos com o elevador quebrado

Falta do equipamento dificulta aceso das pessoas, principalmente, idosos, doentes e deficientes

Felipe Tonon
02/05/2013 às 05:00.
Atualizado em 25/04/2022 às 17:59

No local, a equipe do Correio flagrou a dificuldade de um homem de 79 anos, portador de alzheimer, que teve de ser ajudado pela filha e pela mulher, que também teve dificuldades de subir a escadaria do Fórum (Leandro Ferreira/AAN)

Pessoas que precisam participar de audiências no Fórum Regional da Vila Mimosa, em Campinas, enfrentam problemas para acessar as dependências do prédio da Justiça pois o único elevador do prédio está quebrado há mais de dois anos.

Sem acessibilidade, deficientes físicos e pessoas com mobilidade reduzida são obrigadas a subir pelas escadas para chegar até o primeiro andar, onde as audiências das cinco varas são realizadas — elas são cumulativas e atendem as áreas civil, criminal e de família.

Desde quando o elevador quebrou, já foram feitas cinco licitações para consertar o equipamento, mas o serviço nunca foi realizado. O Tribunal de Justiça informou que, em até seis meses, o elevador será trocado.

“Deficientes físicos e mentais, além de idosos, são carregados pelas escadas como sacos de mercadoria”, disse um frequentador, revelando os problemas enfrentados.

No local, a equipe do Correio flagrou a dificuldade de um homem de 79 anos, portador de alzheimer, que teve de ser ajudado pela filha e pela mulher, que também teve dificuldades de subir a escadaria do Fórum.

“Para qualquer pessoa na idade deles seria bom ter um elevador”, disse a filha do aposentado Getúlio Crisóstomo Pereira, Amália Pereira Reche, de 53 anos.

“Eu estou preocupada. Para descer depois, vai ser complicado. Tenho medo de cair”, afirmou a mulher de Getúlio, Maria Araci Pereira, de 73 anos, que acompanhou o marido e o ajudou a subir as escadas. Nos últimos degraus, um funcionário do Fórum também foi auxiliar o idoso, que iria participar de uma audiência.

“Eu já ajudei muita gente, mas não faço mais, senão nunca vão consertar o elevador”, disse um funcionário, que pediu para não ser identificado. Policiais militares que trabalham no local também já foram requisitados para ajudar a carregar pessoas que não conseguem subir as escadas, como cadeirantes.

A administradora do prédio, Leia Márcia Gava Cardozo, afirmou ter recebido reclamações até de advogados, que protocolaram por escrito a insatisfação pela falta do elevador. Ela garantiu que o Fórum, por meio do juiz diretor, Egon Barros, fez tudo o que estava ao alcance para resolver o problema, mas que a burocracia tem emperrado uma solução.

“É uma necessidade e creio que até o TJ tenha se empenhado a resolver, mas acredito que agora a solução esteja mais próxima.”

Muitos usuários do Fórum também relataram constrangimento por terem de pedir ajuda para conseguir subir até o andar superior. Em casos extremos, e quando há salas disponíveis no térreo, a audiência é transferida para baixo, mas nem sempre isso é possível. “Ainda assim algumas pessoas se sentem constrangidas por essa mudança.”

Leia informou que em dois anos foram realizadas cinco licitações para o conserto do elevador, mas as empresas diziam que não compensaria o reparo e era preciso substituir o equipamento.

O Tribunal de Justiça confirmou as licitações anteriores e disse que está preparando um novo processo para a troca do elevador.

“Acreditamos que dentro de seis meses o problema se resolva”, informou a presidência do TJ, por meio da assessoria de imprensa.

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