MARCOS INHAUSER

Foi uma diarreia

Marcos Inhauser
11/03/2015 às 05:00.
Atualizado em 24/04/2022 às 01:29
ig-Inhauser (AAN)

ig-Inhauser (AAN)

Com poucas exceções, acho que concordam comigo que o (des)governo do Dr. Hélio foi uma desgraça para a cidade de Campinas. Os desmandos foram tantos, em vários setores da administração que ele, a esposa e mais uma penca de gente, inclusive o seu vice, foram cassados e condenados. As malvadezas praticadas na Sanasa foram pirotécnicas, com danos a todos os munícipes. Nos (des)caminhos por onde o ex-prefeito-agora-casssado-e-condenado andou, o que se teve foi uma diarreia, cuja limpeza e fedentina recendem até hoje. Não quero entrar nos detalhes do descalabro na saúde, quando se teve uma epidemia de dengue em função da incúria administrativa do Dotô, nem da roubalheira feita em algumas secretarias e na Sanasa. Tampouco quero voltar a falar na leniência e demora do Legislativo em apurar, tendo iniciado a investigação depois que o MP andou vasculhando coisas e a Câmara ou tomava alguma atitude ou passaria o aval para a diarreia instalada.     Quero voltar a falar da Rodoviária. Escrevi e publiquei aqui o Transtornoviária, onde dizia: “quero falar de experiência vivida por mim e minha esposa na primeira vez que tivemos que usar a “novodoviária” ... Lá chegando com quatro malas pesadas, me defrontei com a impossibilidade de ir ao segundo andar carregando as malas (pelo peso) e porque não se pode subir ao piso superior com os carrinhos. Foi então que procurei o elevador.   Para surpresa minha eu o achei, mas com sinal de que (era) ... para deficiente, pelo que me recusei a usar, entendendo que seria o mesmo que estacionar carro em vaga para deficientes. Virei e não achei outro. Então vai este mesmo. Quando o bicho abre, mal cabia meu carrinho e uma pessoa dentro dele.   Ao invés de subir, como havia acionado nos botões, ele abriu outra vez as portas e lá estava um cadeirante que não pôde usar o que era seu, porque eu ali estava. Fiquei me sentindo o último dos cidadãos ... tive que descer ao embarque.   Outra vez o tal do elevador para deficiente, apertado, na outra ponta do edifício. Na volta, vindo de Cumbica, desceu um monte de gente, todos com malas. Fila no elevador. Fiquei uns 20 minutos esperando minha vez para subir ao piso superior, em elevador não apropriado.”   Este final de semana tive que, outra vez, usar desta geringonça. Com bagagem pesada, o elevador estava quebrado, não dava para ir pela escada rolante (uma estava quebrada), não achei carrinhos para fazer uso, para descer ao terminal de embarque a escada rolante que descia estava quebrada e a fila no elevador-que-só-cabe-um era imensa.   Não há como estacionar no entorno, salvo se você se dispuser a ser roubado pelos preços praticados. A Rodoviária, no meu entender, foi construída em local errado, forçando os ônibus a usar a já congestionada Lix da Cunha. Para ir a São Paulo, se dá uma volta imensa para sair pelo Trevo da Bosch, quando sair pela Vila Industrial e Jardim do Trevo seria o lógico.   Volto ao que já escrevi: “é uma maquiagem da velha. Quem a bolou ... nunca viajou de ônibus, com malas e família. Parabéns pela obra pela metade. Talvez um dia, um outro doutor-alcaide termine ou conserte o que foi feito a toque de caixa para promoção eleitoral.”   Passados alguns anos, concessão feita e nada mudou. Pergunte aos motoristas de táxi o achaque a que são submetidos para ali poder trabalhar. Qual a melhoria que a concessionária fez (não sei quem é)? Por que os preços praticados nas lanchonetes e quiosques são abusivos? Por que um guichê de venda de passagem minúsculo, que não tem mais de 1,2 metro quadrado custa algo em torno de R$ 800,00? Um guichê duplo custa em torno de R$ 2.000,00? Cada passageiro paga R$ 4,45 para transitar pela rodoviária e pegar um ônibus?   Como o atual prefeito não é doutor, talvez tenhamos que esperar um médico para fazer as cirurgias necessárias!

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