NEGÓCIOS

Financiamentos do BNDES ficam abaixo da média em RP

Volume de empréstimos aumenta, mas em ritmo menor que as médias nacional e estadual

Gazeta de Ribeirão
24/04/2013 às 17:31.
Atualizado em 25/04/2022 às 19:01

Ribeirão Preto, capital do agronegócio e polo de desenvolvimento em diversos setores no interior paulista, começou 2013 patinando. Pelo menos é o que revelam os dados de empréstimos feitos pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social) a empreendimentos da cidade no primeiro trimestre deste ano.

Em relação ao mesmo período de 2012, os valores emprestados pelas linhas de crédito do BNDES cresceram 33% na região – os valores passaram de R$ 114 milhões para R$152 milhões. A quantidade operações não teve o mesmo desempenho. Cresceu 2%, passando de 4.013 para 4.085.

Em relação ao desempenho do resto do País e do Estado de São Paulo, Brasil, os resultados de Ribeirão mostram números inferiores em quantidade e qualidade. Em relação ao número de operações, São Paulo cresceu 6%, e em valores, 49%. Já o Brasil cresceu 11% no número de operações e 52% no montante total financiado.

Segundo o gerente regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Eduardo Molina, o que pode explicar o “mau desempenho” de Ribeirão nos empréstimos do BNDES é o esfriamento do setor sucroalcooleiro nos últimos anos.

“Setores ligados diretamente ao desempenho da cana, como comércio e serviços, tiveram uma redução grande no número e nos valores dos empréstimos”, disse.

No primeiro trimestre do ano passado, o setor fez 417 empréstimos, contra 493 neste ano (queda de 6%). Nos valores, a redução é ainda mais significativa: foram R$ 59,8 milhões em 2012, contra R$ 33,6 milhões neste ano (-44%).

GRANDES X PEQUENAS

O levantamento mostra um abismo, quanto à concessão de crédito por parte do BNDES, para grandes e pequenas empresas da região. Em relação ao número de operações, houve aumento de 5% para as micro, e queda de 31% para as grandes.

No entanto, quando analisados os valores dos procedimentos, as grandes superam as pequenas. Foram R$ 87,5 milhões emprestados para grandes empresas (aumento de 77% em relação a 2012), e R$ 46,8 milhões para as micro (aumento de 9%).

Segundo Eduardo Molina, a diferença é normal. “Isso acontece pelo próprio porte da empresa. Quanto maior o faturamento, mais ela pode pedir”, disse.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por