Documentário retrata alguns dos momentos mais gloriosos da centenária história do alviverde campineiro
Emoção, nostalgia, expectativa por dias melhores. Junte esses sentimentos a um clima de arquibancada e se chegará às reações causadas pelo longa Bugrinos — O filme do Guarani Futebol Clube. Nesta segunda-feira (31), na antevéspera do aniversário de 103 anos do Bugre, o filme foi exibido no Cine Topázio e transformou o local em uma pequena expansão do Brinco de Ouro, repleto de torcedores devidamente uniformizados e ansiosos por conhecer a obra dirigida por Samir Cheida.A obra não se propõe a contar todos os detalhes da história centenária do Guarani, mas busca, por meio de relatos e depoimentos de ídolos e torcedores, retratar alguns dos momentos mais gloriosos do alviverde. "Quando a gente faz um documentário, tem que buscar critérios e recortes. Um dos critérios foi chamar jogadores formados na base. Temos o Neto, Amoroso, João Paulo e Careca. Um que as pessoas cobram é o Zenon, que foi um dos maiores jogadores da história do Guarani, mas não entra em função do critério utilizado", comenta Cheida.Foram horas e horas de gravações e conteúdo bruto. Como transformar tudo isso em um longa de uma hora e quarenta e cinco minutos? Outra tarefa que deu trabalho. "Acaba indo para um critério pessoal de quais são os capítulos mais relevantes. Tive ajuda de dois historiadores importantes (Fernando Pereira da Silva e José Ricardo Lenzi Mariolani) que me ajudaram na pesquisa e na decisão dos capítulos mais importantes. Selecionamos momentos chave que ajudam a entender o passado do Guarani e a situação que vive hoje. No filme, tento fazer uma reflexão disso."Difícil também escolher o momento mais simbólico. Entre tantas cenas emocionantes e que marcam, o diretor destaca um personagem em especial. "As pessoas se emocionam muito com a participação do Carlos Alberto Silva. Além de um grande técnico, talvez seja o maior ídolo da história do Guarani. E como pessoa é muito rico, um personagem que conta histórias e emociona pela forma como as conta", destaca Cheida. "Ele mostra como o Guarani foi importante na vida dele e marca isso no filme de uma maneira muito emocionante. Essa parte talvez seja a que mais me toca no trabalho feito."EXIBIÇÕESPor ora, ainda estão em negociações novas exibições no cinema, mas o torcedor pode acompanhar o filme em sessões no próprio clube ou no Museu da Imagem e do Som. Se preferir, pode comprar o DVD, à venda na loja oficial clube pelo valor de R$ 30.