Em um jogo marcado pela falta de pontaria dos atacantes, o resultado não poderia ser outro que não fosse um insosso 0 a 0; melhor pra Macaca, que trouxe um ponto
Felipe Azevedo (à esq.), da Ponte Preta, durante partida contra o Figueirense, válida pela 1ª rodada do Campeonato Brasileiro 2016, no Estádio Orlando Scarpelli, em Floriaópolis (SC), neste domingo (15) (GIL GUZZO)
Em um jogo marcado pela falta de pontaria dos atacantes, o resultado não poderia ser outro que não fosse um insosso 0 a 0. Melhor para a Ponte Preta que conseguiu somar ponto importante, fora de casa, na tarde deste domingo (15), em Florianópolis, no Estádio Orlando Scarpelli, diante do Figueirense, pelo Campeonato Brasileiro. A Macaca agora volta suas atenções para a estreia em casa, sábado, às 16h, no confronto com o Palmeiras, que atropelou o Atlético-PR, por 4 a 0, em São Paulo. A Ponte foi melhor no primeiro tempo e teve bem mais finalizações que o Figueirense (11 a 5). Mesmo assim, tomou sustos e só chegou com real perigo nos minutos finais da etapa inicial. Reinaldo foi o destaque criando boas jogadas. Clayson era o atacante mais perigoso, mas segue errando muito no momento de decidir uma jogada. O time da casa, que tinha dificuldade para sair de seu campo e ultrapassar o cordão defensivo da Ponte, se lançou ao ataque e teve duas boas chances. Na primeira, aos 21', Ermel aproveitou o momento de vacilo da zaga para chutar forte. João Carlos, atento, espalmou. Na sequência, aos 22', após cobrança do escanteio, Jaime chegou atrasado e não completou a jogada com o gol vazio depois do desvio no caminho. A melhor oportunidade da Macaca na etapa inicial surgiu aos 41'. Depois de escanteio batido pela esquerda por Reinaldo, Wellington Paulista subiu sozinho na área e cabeceou rente à trave. Estava livre e poderia ter caprichado um pouco mais para marcar. Aos 42', Reinaldo iniciou boa jogada pela esquerda, tocou para Ravanelli, que deixou Clayson livre para marcar. Na finalização, o pontepretano finalizou fraquinho e o goleiro salvou fazendo excelente defesa. O segundo tempo começou com uma chance de ouro para a Ponte. Aos 2', a bola foi lançada na área, o goleiro saiu mal, perdeu o tempo da jogada e foi encoberto. Jeferson, de cabeça, tentou fraquinho e Jaime, em cima da linha, evitou o que seria um “frango” de Junior Oliveira. O jogo ficou truncado no meio-campo e as chances diminuíram dos dois lados. Só aos 29', o Figueira conseguiu armar uma boa jogada pela esquerda, até que Dudu ficou livre para chutar. Bateu no canto alto, mas a bola saiu. Aos 42', Roger quase marcou um golaço. Ele recebeu de Rhayner na entrada da área, percebeu o goleiro adiantado e tentou por cobertura. A bola passou raspando a trave. No último minuto, o juiz acabou o jogo antes de uma falta perigosa da Ponte. ‘Ficou um gostinho de quero mais’, diz atacante Clayson A Ponte tinha a chance de abrir o placar aos 48’ do segundo tempo quando o juiz Emerson de Almeida Ferreira anotou falta quase na linha da grande área. Quando Reinaldo se preparava para bater, o árbitro decidiu apitar o fim da partida. Apesar do empate ter um resultado interessante, os pontepretanos reclamaram bastante. “A gente queria a cobrança da falta. Era um lance de perigo e ele tinha que deixar bater”, comentou o lateral Reinaldo. “Mas a gente batalhou e fez uma boa partida. Só faltou caprichar um pouco mais para marcar e vencer”, completou. O atacante Clayson, que teve chance de marcar e perdeu, viu uma boa apresentação da Macaca. “A gente não pode lamentar porque um ponto fora de casa é importante. Ficou um gostinho de quero mais porque a gente propôs o jogo e teve mais oportunidades. Agora, vamos trabalhar para vencer na próxima rodada”, disse. “Foi uma estreia boa para nos dar confiança. Sempre tomei sufoco aqui, mas hoje (domingo) a Ponte soube se impôr com personalidade. O time não entrou em desespero em momento algum e não se expôs. Foi um time muito equilibrado”, avaliou o técnico Eduardo Baptista. Seguindo a reformulação no elenco, a Macaca deve confirmar na segunda-feira (16) a liberação do volante Renato para o Figueirense e do também volante Jonas para o Santa Cruz. FICHA TÉCNICA Público: 5.714 pagantes. Renda: R$ 62.150,00. Local: Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis. Juiz: Emerson de Almeida Ferreira (MG). Cartões amarelos: João Vítor, Ravanelli, Kadu e Douglas Grolli (PON); Elicarlos e Ferrugem (FIG). FIGUEIRENSE: Junior Oliveira; Jefferson, Jaime, Bruno Alves e Pedroso; Elicarlos, Jocinei (Ortega, 43’/2), Ferrugem (Guilherme, int) e Bady; Ermel (Dudu, 17’/2) e Rafael Moura. Técnico: Vinícius Eutrópio. PONTE PRETA: João Carlos; Jeferson, Douglas Grolli, Kadu e Reinaldo; João Vítor, Matheus Jesus e Ravanelli (Felipe Menezes, 36’/2); Felipe Azevedo (Rhayner, 36’/2), Wellington Paulista e Clayson (Roger, 17’/2). Técnico: Eduardo Baptista.