CRISE NO BRINCO

Ferreira pede paciência aos credores do Guarani

Presidente interino vai solicitar à Justiça a suspensão temporária dos processos

Carlos Rodrigues
11/11/2012 às 18:33.
Atualizado em 26/04/2022 às 16:42

Rodrigo Ferreira ainda não sabe por quanto tempo irá permanecer na presidência do Guarani. Mas ele já tem em mente qual a primeira decisão a ser tomada. Mediante à crise financeira instalada no Bugre e o expressivo número de processos trabalhistas movidos contra o clube, o presidente do Conselho Deliberativo tentará junto à justiça um pouco de paciência na cobrança das dívidas enquanto o alviverde não resolve sua situação política.

De acordo com Ferreira, o clube precisa de tempo para se planejar e arrumar uma solução. “A enorme dívida que o Guarani tem atualmente depende de um planejamento. Meu papel ainda nessa semana é fazer uma solicitação por escrito aos Presidentes de cada Fórum do Poder Judiciário para que eles se sensibilizem e reconheçam a necessidade de suspender todos os processos em face de execução do Guarani por um prazo de 180 dias em virtude da transição temporária da diretoria”, afirma.

Ciente das dificuldades encontradas pelo clube, Ferreira argumenta que o papel principal da nova diretoria será projetar uma forma de quitar as dívidas, que quase causaram a penhora do Estádio Brinco de Ouro.

“No último despacho que determinou a transferência do leilão do Brinco para o terreno da Rodovia dos Bandeirantes, o juiz foi muito claro. Ele disse que se não houver um projeto de recuperação e pagamento das dívidas, o imóvel vai a penhora novamente. É urgente que nos atenhamos a elaborar um planejamento de quitação das dívidas”, enfatiza.

Sobre os valores das negociações recentes de jogadores, o presidente interino garante que confia no trabalho do Conselho Fiscal. “O Conselho definiu a empresa que vai executar os serviços de auditoria e vamos esperar para saber qual a real vida financeira do clube”, conclui.

Ferreira assumiu interinamente a presidência do clube no sábado, após a surpreendente decisão de Marcelo Mingone em renunciar ao cargo. Sob a alegação de estar sendo pressionado pela oposição, Mingone deixou o cargo após quase um ano de sua posse.

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