CRIME ORGANIZADO

Fernandinho Beira-Mar é condenado a 120 anos

Na sentença, o juiz escreveu que "na empreitada criminosa, o réu agiu com intensa culpabilidade, na medida em que exercia posição de notório comando"

Da Agência Estado
14/05/2015 às 10:06.
Atualizado em 23/04/2022 às 13:47
O traficante Fernandinho Beira-Mar teria ordenado as mortes de dentro da cadeia por telefonema feito por meio de celular (Tasso Marcelo/AE )

O traficante Fernandinho Beira-Mar teria ordenado as mortes de dentro da cadeia por telefonema feito por meio de celular (Tasso Marcelo/AE )

O traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, de 47 anos, tido pela polícia como um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho, foi condenado, na madrugada desta quinta-feira (14), a 120 anos de prisão por quatro homicídios. Os crimes, segundo o Tribunal do Júri do Rio de Janeiro, foram cometidos a mando dele durante uma rebelião no presídio de Bangu 1, na zona oeste da capital, em 11 de novembro de 2002.As vítimas foram o traficante Eraldo Pinto Medeiros, conhecido como Uê, líder do Amigo dos Amigos (ADA), facção rival do Comando Vermelho, e outros três integrantes da mesma quadrilha. O julgamento, realizado no Fórum do Rio, no centro, começou às 15h20 desta quarta-feira (13) e se estendeu por mais de dez horas, até a madrugada desta quarta. Sentença Embora Beira-Mar, em depoimento, tenha negado a responsabilidade pelos crimes, os jurados o consideraram culpado pelos quatro homicídios, todos duplamente qualificados (por motivo torpe e sem chance de defesa para a vítima).Na sentença, o juiz Fábio Uchoa escreveu que "na empreitada criminosa, o réu agiu com intensa culpabilidade, na medida em que exercia uma posição de notório comando (...) e, após a execução das vítimas, dirigiu-se até elas para obviamente conferir a execução e nesse momento selecionando e poupando ao seu bel prazer as vidas dos demais sobreviventes da quadrilha rival".O traficante, que foi preso em 2002 e desde 2012 ocupa uma cela no presídio federal de Porto Velho, em Rondônia, já acumula um total de 253 anos e seis meses de prisão. Beira-Mar ainda responde a outros processos que continuam tramitando.

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