Férias sem estresse exige planejamento

Com a aproximação do período de férias escolares, muitas famílias programam viagens para a Litoral, aproveitando as ofertas da baixa estação, ou optam por curtir o friozinho nas regiões serranas. Independentemente da escolha de onde descansar com a família — casa no campo, apartamento na praia ou uma estância turística — o importante é ficar atento para alguns cuidados antes de fechar negócio e evitar transformar a viagem de férias em um tormento.

O locatário precisa estar ciente de que a locação temporária está prevista no artigo 48 da Lei nº 8245/01, e não pode ultrapassar o período de 90 dias. O pagamento de aluguéis e encargos pode ser exigido antecipadamente e com pagamento único.

Segundo especialistas em locação, cabe ao locador exigir recibo discriminado de todas as quantias pagas com antecedência. O Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP) preparou algumas dicas com orientações básicas, publicadas acima nesta página, para quem não deseja ser surpreendido nem ver suas férias ou dias de descanso serem frustrados. O guia traz dicas sobre a importância do corretor intermediar a negociação, a visita ao imóvel, elaboração de contrato e sobre a forma de pagamento.

Campineiro adora “descer” para o Litoral Norte, gerando grande procura para os imóveis praianos mesmo na baixa temporada. Caraguatatuba, um dos destinos preferidos dos paulistas de cidades interioranas, recebe um número considerável de turistas nos meses de junho, julho e início de agosto.

A Pegoraro Imóveis, em Caraguatatuba, registra uma queda de 40% na procura de imóveis de temporada nos meses mais frios, em comparação ao boom do final do ano, quando chega a faltar imóveis próximos às principais praias da cidade: Martins de Sá, Massaguaçú e Maranduba já na divisa com Ubatuba. “No ano passado o Inverno atípico, com dias mais quentes, atraiu muitos turistas na temporada”, lembra o corretor de imóveis da Pegoraro, Alex Sander dos Santos. Por enquanto, a sondagem para a temporada de Inverno ainda está em baixa, mas deve melhorar nas próximas semanas.

O período de locação mais comum para casas e apartamentos na praia é de sete dias, podendo se estender para 10 dias se for época de férias escolares, mas não passa disso, conta Santos. Ele explica que campineiros e moradores de cidades da região geram 30% da procura por imóveis de temporada e preferem praias calmas e limpas como Martins de Sá e Prainha.

O primeiro fator para nortear a escolha entre casa ou apartamento é a quantidade de pessoas no grupo, em razão de uma lei municipal que proíbe a locação de apartamentos e casas em condomínio fechado para grupos com mais de oito pessoas. A opção é partir para a locação de uma casa em bairro aberto, onde também deverá ser respeitado o limite máximo de até 15 pessoas na unidade.

O segundo fator que define a escolha do imóvel é a localização. Preferencialmente as opções mais próximas à praia — o chamado “pé na areia” — têm mais saída. Um apartamento na praia Martin de Sá, com dois dormitórios, dois banheiros, condomínio com piscina e uma vaga de garagem na baixa temporada de julho tem o preço reduzido em 50%, com diária baixando de R$ 300,00 para R$ 150,00 a R$ 180,00. Na mesma região, uma casa de padrão médio-alto, com piscina, três ou quatro dormitórios, uma suíte, um banheiro social e outro na área externa, que custaria entre R$ 1 mil a R$ 1,5 mil a diária na alta temporada, agora tem o preço reduzido para R$ 700,00 a R$ 800,00 a diária. “O locatário avalia a localização, tamanho da casa, conforto e estado de conservação dos móveis”, lista o corretor da Pegoraro Imóveis.