PONTE PRETA

Fellipe Bastos mostra eficiência na bola parada

O volante teve participação decisiva na histórica vitória da Macaca sobre o Deportivo Pasto pela Sul-Americana

Paulo Santana
26/09/2013 às 19:33.
Atualizado em 25/04/2022 às 01:45

O chute forte é qualidade nata do volante Fellipe Bastos. Autor do segundo gol da Ponte Preta na vitória de 2 a 0 sobre o Deportivo Pasto, quarta-feira (25), em cobrança de falta aos 50' da etapa final do jogo válido pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana, ele conta que a sua bola parada já fazia diferença desde as peladas nos tempos de criança.Tanto que seu primeiro gol de falta aconteceu quando o sonho de ser atleta profissional ainda estava bem longe de se tornar realidade. “Eu tinha seis anos e meu pai me levou ao Florença (time amador do bairro da Penha, no Rio) para começar a treinar no futsal. No primeiro dia, chutei a bola da minha área para o gol adversário e o goleiro não pegou. Tenho o vídeo do lance em casa até hoje”, afirma.Bastos conta que se inspirou no experiente Juninho Pernambucano e também gosta de ver as batidas do português Cristiano Ronaldo. “Já marquei 12 gols de falta, quase sempre de longe. Gosto deste tipo de jogada porque acho que, quando a gente acerta, é um lance indefensável”, avalia.Além de assegurar a vitória nos acréscimos da partida, o volante também bateu a falta que resultou no primeiro gol alvinegro. “É um tipo de jogada combinada. O Jorginho já define o posicionamento de cada um para o caso de rebote. A bola veio para meu lado e eu até pedi para o William sair da frente”, conta o lateral-esquerdo Uendel, que pegou a sobra e abriu a contagem.Do modesto Florença, Fellipe foi fazer teste no Fluminense, onde ficou dos sete aos 10 anos. “Um treinador me viu jogando no futsal e me convidou. Fui lá e tudo começou”, recorda. Mas foi no Botafogo, onde ficou dos 10 aos 17 anos, que a carreira de Fellipe Bastos começou a ganhar corpo.Antes de se tornar profissional, ele passou pelas seleções de base do Brasil e chegou a ser campeão pan-americano em 2007. Saiu do Bota depois de um imbróglio com a diretoria para a renovação de contrato. Fez teste no PSV, da Holanda, mas não foi aprovado. Foi parar no Benfica, de Portugal. Lá, apesar de não ter ficado muito tempo, fez amizade com outros brasileiros, como Luisão, Weldon e David Luiz.Emprestado à Ponte pelo Vasco, com quem tem contrato de mais três anos, Fellipe já se sente adaptado. “Estou há menos de um mês aqui e me sinto bem. Estamos passando por um momento complicado no Brasileiro, mas a torcida tem nos apoiado bastante e vamos sair dessa”, afirma o jogador, que irá reencontrar seu clube de origem. “A Ponte me deu a oportunidade e vou fazer de tudo para a gente sair de campo com a vitória”, completa.

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