Começou a remoção de famílias do Cantagalo, que vivem em situação de risco
Kátia, moradora do Cantagalo, que sonha em sair da área (Christiano Diehl Neto/Gazeta de Piracicaba)
A Emdhap (Empresa Municipal de Desenvolvimento Habitacional de Piracicaba) começou a remover as famílias do Cantagalo, que vivem em situação de risco ou que estão em frente de serviço (precisavam ser removidas da área para que a Prefeitura pudesse fazer melhorias no local). Serão removidas 22 famílias numa primeira etapa e 32 numa segunda fase.
De acordo com o líder comunitário do Núcleo Habitacional do Cantagalo, Marcos Aparecido dos Santos, existem cerca de 676 famílias morando na região.
Na semana passada, aconteceu a remoção das cinco primeiras famílias. Todos serão transferidos para o jardim Sant'Ana para casas de alvenaria. A grande maioria mora atualmente em barracos de madeira.
Uma das moradoras do Cantagalo, Kátia Nunes, de 29 anos, mora há três anos no local em um barraco improvisado de madeira.
Ela diz que a situação da casa está caótica e que o esgoto corre a céu aberto. "Sonho em mudar desse lugar. A Prefeitura já disse que quando passar tubulação por aqui precisaremos ser removidos. Essa é a minha esperança, que eu possa ser incluída nestas famílias que serão transferidas", disse. Kátia mora com o marido e mais quatro crianças (de 10, 6, 3 e 1 ano).
Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, as 22 unidades compõem um pacote de 92 casas populares, cujo financiamento foi conquistado pelo município junto ao Ministério das Cidades e pela Caixa para atender exclusivamente moradores da favela Cantagalo, que está em processo de urbanização.
Dessa região, já foram transferidas 62 famílias, sendo 19 emergencialmente para o Santa Fé, e outras 43 para o Sant'Ana.
As remoções serão realizadas gradativamente a partir das necessidades de execução dos serviços de infraestrutura para que as obras não sejam interrompidas.
No Sant'Ana, as 32 unidades em fase de construção serão ocupadas em uma próxima fase (ainda sem data), pelas famílias alojadas em áreas verdes, de risco e imediações do Cantagalo. Todas as transferências são definidas de acordo com o cronograma da Emdhap e da Defesa Civil.