Segundo a administração, licitações abertas não atraem empresas para conserto ou troca
O elevador do Fórum de Vila Mimosa, em Campinas, que deveria ajudar no acesso às salas de audiência localizadas no andar superior do prédio, continua quebrado. Em abril, foi mostrado que idosos e deficientes físicos precisavam de ajuda de voluntários e de policiais que trabalham no local para conseguirem chegar até o primeiro andar, onde as audiências das cinco Varas existentes no local são realizadas. O problema se arrasta há dois anos e meio. Na época, o Tribunal de Justiça de São Paulo reconheceu o problema e deu prazo de seis meses para que a situação fosse normalizada. Passado esse período, as pessoas que circulam pelo Fórum informaram que tudo continua como estava.Falta interesseDe acordo com a administradora do prédio, Leia Márcia Gava Cardozo, nada mudou desde a divulgação do problema. "Chegaram a enviar algumas pessoas e uma nova licitação foi aberta no mês passado, mas ninguém entrou", disse. Foi a sexta vez que o TJ abriu processo licitatório para tentar uma solução ao problema. As cinco primeiras, no entanto, foram para substituir peças quebradas. Como em nenhum delas houveram interessados, decidiram pagar pela troca do elevador, mas também não obtiveram sucesso.Leia afirmou que recebeu um e-mail do TJ questionando se ainda existia a necessidade do elevador. "É importante. O prédio não tem nenhuma acessibilidade." Após a resposta, a informação é que um novo processo licitatório será aberto em dezembro para substituir o elevador e não há novo prazo para que o aparelho volte a funcionar.O elevador do Fórum está quebrado há mais de dois anos e meio. Quando há salas vazias no térreo, alguns juízes fazem o remanejamento da sala de audiência. "Mas nem sempre isso é possível." Segundo ela, há pessoas que ficam constrangidas com a mudança. Tendo apenas uma longa escadaria como opção, os frequentadores do Fórum já formalizaram inúmeras reclamações, inclusive de grupo de advogados que protocolou por escrito a insatisfação pela falta do elevador, informou Leia. Ela garantiu que o Fórum, por meio do juiz diretor, Egon Barros, fez tudo o que estava ao alcance para resolver o problema, mas que a burocracia tem emperrado uma solução.Procurado, a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça não respondeu a solicitação até o fechamento desta edição.