ABUSO

Facebook reformula diretrizes após protestos

Comentários sobre estupro e violência sexual na rede social causaram revolta dos usuários

France Press
29/05/2013 às 13:53.
Atualizado em 25/04/2022 às 14:07

O Facebook anunciou que vai atualizar suas políticas e diretrizes relacionadas a conteúdo "nocivo e de incitação ao ódio" depois de receber queixas por parte de uma campanha que acusa a rede social de permitir brincadeiras e comentários abusivos sobre estupros e abusos de mulheres.

O vice-presidente de política pública do Facebook, Marne Levine, afirma que a rede social "completará a revisão e atualizará as diretrizes" em relação aos chamados discursos de incitação ao ódio e ressaltou que está buscando ajuda dos especialistas legais no tema, de grupos de mulheres e de outros grupos "que enfrentaram historicamente a discriminação".

"Nos últimos dias ficou claro que nossos sistema falhou em detectar e eliminar o discurso de incitação ao ódio e que não funcionou de forma tão efetiva quanto gostaríamos, particularmente em relação ao ódio baseado no gênero", afirmou o comunicado publicado por Levine na terça-feira.

"Em alguns casos, o conteúdo não está sendo eliminado tão rapidamente quanto gostaríamos. Em outros casos, o conteúdo deveria ser eliminado, mas não foi ou foi avaliado utilizando critérios antigos... Precisamos fazer isso melhor, e conseguiremos".

O Facebook anunciou as mudanças uma semana após o início de uma campanha organizada pela ONG Women, Action & The Media, que acusa a rede social de "ter permitido durante muito tempo conteúdos que apoiam a violência contra as mulheres".

"Afirmam que estas páginas entram na categoria 'humorística' de suas políticas ou diretrizes ou que são mostras de 'liberdade de expressão'", afirmou o grupo em sua campanha

Depois do anúncio do Facebook, a organização interrompeu sua campanha.

"Estamos alcançando um ponto de inflexão internacional em atitudes de estupro e violência contra as mulheres", afirma Jaclyn Friedman, diretor-executivo do grupo.

"Esperamos que este esforço seja considerado um testemunho do poder das ações coletivas", completou.

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