NO PRIMEIRO SEMESTRE DESTE ANO

Exportações de indústrias da região de Campinas crescem quase 30%

É o melhor resultado desde o início da pandemia da covid-19, segundo o Ciesp

Edimarcio A. Monteiro/ [email protected]
27/07/2022 às 09:26.
Atualizado em 27/07/2022 às 09:26
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp - Campinas) avalia como positivos os resultados apresentados pelas empresas da região no primeiro semestre deste ano (Divulgação/CIESP)

Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp - Campinas) avalia como positivos os resultados apresentados pelas empresas da região no primeiro semestre deste ano (Divulgação/CIESP)

As exportações das indústrias da região foram de US$ 1,74 bilhão (R$ 9,14 bilhões) no primeiro semestre deste ano, o que representa crescimento de 29,7% em relação a igual período de 2021, quando o montante foi de US$ 1,34 bilhão (R$ 7,19 bilhões). Esse é o melhor resultado desde o início da pandemia da covid-19, em 2020, de acordo com a Sondagem Industrial Mensal divulgada na terça-feira (26) pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) Campinas, que tem 494 empresas associadas, distribuídas em 19 municípios.

De acordo com o Ciesp, em junho, as exportações foram US$ 338,9 milhões (US$ 1,82 bilhão), melhor resultado dos últimos 30 meses. O crescimento das vendas ao exterior foi de 38,8% em relação aos US$ 244,1 milhões (R$ 1,31 bilhão) registrados no mesmo mês do ano passado.

Exportações X importações

O resultado da balança comercial da região no primeiro semestre de 2022 ainda é deficitário, uma vez que as importações — mercadorias compradas no exterior pelas indústrias — atingiram US$ 6,5 bilhões (R$ 34,88 bilhões), contra US$ 1,74 bilhão (R$ 9,14 bilhões) em mercadorias da região vendidas para o exterior. As importações tiveram alta de 21,6% em relação aos US$ 5,35 bilhões (R$ 28,71 bilhões) registrados no seis primeiros meses de 2021. 

As importações em junho foram de US$ 1,2 bilhão (R$ 6,44 bilhões), crescimento de 30,7% em comparação aos US$ 988,6 milhões (R$ 5,2 bilhões) de igual período de 2021.

No mês passado, o déficit da balança comercial foi de US$ 952,8 milhões (R$ 5,11 bilhões), 28% superior aos US$ 744,4 milhões (R$ 3,99 bilhões) do sexto mês do ano passado.

O déficit na balança comercial ficou em US$ 4,7 bilhões (R$ 25,2 bilhões) nos primeiros seis meses do ano, montante 18,9% maior do que no mesmo período de 2021, quando somou US$ 4,01 bilhões (R$ 21.52 bilhões). 

Apesar da balança comercial deficitária, o diretor de Comércio Exterior do Ciesp-Campinas, Anselmo Rizzo, destaca que o crescimento das vendas ao exterior foi melhor em relação aos anos anteriores. “Apesar da crise que estamos vivendo, estamos contribuindo para um crescimento muito grande para a balança comercial brasileira”, destacou. 

Expansão de mercado

O crescimento das exportações foi sentido por uma fabricante de ventiladores e exaustores comerciais e industriais de Itapira, que aposta nas vendas ao exterior como parte da política de crescimento. A empresa passou a buscar clientes em outros países há dois anos, com as exportações hoje representando entre 10% e 15% da produção.

“As novas vendas no mercado nacional já estão bem consolidadas e a expansão das atividades passa naturalmente pelas exportações”, explica o gerente de Comércio Exterior da fábrica, Felipe Neira Ribeiro Stivalli. A empresa, que tem 50 funcionários, trabalha para que as exportações representem 40% da produção nos próximos cinco a seis anos “para atingir o equilíbrio entre o mercado nacional e o internacional”, completa. 

Atualmente, a indústria exporta principalmente para os países da América do Sul, e o objetivo é ampliar as vendas para os mercados da América do Norte, Europa e Oriente Médio. Para isso, a estratégia passa por investimentos em marketing e participação de feiras no exterior, como uma recente nos Emirados Árabes Unidos e outra no Chile.

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