GUTO SILVEIRA

Excessos inevitáveis

27/06/2013 às 10:48.
Atualizado em 25/04/2022 às 11:19

Em manifestações públicas, com grande número de pessoas, os excessos acontecem. Às vezes mais, às vezes menos. Em Ribeirão Preto, na noite de terça-feira (25), enquanto os manifestantes promoviam um ato pacífico, com palavras de ordem e críticas, às vezes até pesadas aos vereadores, parte dos manifestantes que ficaram fora do prédio picharam janelas e paredes e trincaram um dos vidros da janela com uma pedrada. Assessores disseram as janelas dos gabinetes foram insistentemente chutadas e até câmeras de monitoramento foram quebradas e até furtadas. Mas se considerados os excessos cometidos em outras cidades, os da Câmara Municipal foram de “pequena monta”. Poderiam, claro, não ter acontecido. Até porque os reparos são pagos pela própria população e os participantes de protestos precisam entender isso. Que nos próximos protestos estes tipos de ação não mais ocorram. E que o poder constituído também não cometa também atos indesejados, como abrir uma parte da cerca que separa o prédio do Legislativo do Parque Maurílio Biagi, para uma eventual fuga. O ato pode ter representado uma lição para os manifestantes, como a dizer que se alguns podem, outros também devem. Não é bem assim. Se os vereadores foram inconsequentes no ato de danificar um bem público, que a inconsequência fique com eles, que são maiores de idade, vacinados e eleitos pelo povo. Não é preciso repetir erros impensados. Confira abaixo fotos do vandalismo no prédio da Câmara Municipal:

BIG BROTHER

O prédio do Palácio Rio Branco, sede da Prefeitura Municipal está mesmo bem vigiado e monitorado. Nas paredes externas do prédio foram instaladas, na quinta-feira (20), dia do primeiro protesto, pelo menos sete câmeras de monitoramento. Na entrada principal estão três, uma na entrada da Rua Duque de Caxias e três nas ruas laterais. O governo municipal quer ver mesmo quem se aproxima do local e ali se manifesta. Deve ter boas imagens do acampamento dos manifestantes.

IGUAL?

A prefeita Dárcy Vera (PSD) quis se mostrar parecida com os manifestantes do Movimento Passe Livre, na manhã desta quarta-feira (26), ao se sentar no chão da Praça Barão do Rio Branco junto com eles. Vários secretários bem obedientes fizeram o mesmo. Uma imagem forçada com claro clamor de marketing. Poderia ter tranquilamente convidado alguns representantes para conversar dentro do prédio, como faz com os empresários das empresas de ônibus. E também com outros tipos de manifestantes que levam ao local suas reivindicações.

CONTAS REJEITADAS

O juiz Márcio Pelliciotti Violante, da 293ª Zona Eleitoral, responsável pelo município de Guatapará, desaprovou as contas dos diretórios municipais do PCdoB e do PDT. Anteriormente, vários partidos haviam tido suas contas rejeitadas. “Consoante parecer elaborado, o qual acolho e adoto como razão de decidir, especialmente pelo conteúdo técnico da questão, existem irregularidades nas contas prestadas”, registra a sentença. Os partidos terão o fundo partidário suspenso por 12 meses. Já o DEM, PSDC, PSDB, PPS, PP e PR, também de Guatapará, tiveram suas contas aprovadas.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Pelo menos um projeto da pauta da Câmara Municipal desta quinta-feira (27) deve motivar novas discussões sobre o papel da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e a constitucionalidade dos projetos de lei. Com parecer contrário, está na pauta de votação a proposta que estabelece a política municipal de educação ambiental. O autor do projeto, vereador Beto Cangussú (PT), defenderá que o projeto é constitucional. Resta saber como os demais se posicionarão.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Anuncie
(19) 3736-3085
comercial@rac.com.br
Fale Conosco
(19) 3772-8000
Central do Assinante
(19) 3736-3200
WhatsApp
(19) 9 9998-9902
Correio Popular© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por