Ex-segurança, empresário frustra 'arrastão' nos Campos Elíseos

Linardi Ferreira Barbosa, 27 anos, e o menor Y.G.S.T., de apenas 13, vinham tendo uma tarde lucrativa de roubos neste sábado (23) em Ribeirão Preto. Eles já tinham passado por uma pastelaria e abordado uma jovem em uma rua dos Campos Elíseos, na Zona Oeste da cidade, de quem tinham arrancado pelo menos três aparelhos de telefone celular e R$ 170 em dinheiro.

Até que resolveram entrar no Lojão Dan, na Avenida Saudade, do empresário Alexander Capel, 36. A dupla só não sabia que Capel é ex-segurança. Ele desarmou Barbosa e ajudou a colocar os dois suspeitos na cadeia.

Alex, como é conhecido o comerciante, fechava o estabelecimento, no fim da tarde de sábado, quando foi abordado por Barbosa, que, armado com um revólver, anunciou o assalto. “Eles perguntaram pelo dono. Fingi ser cliente e me misturei aos outros, que saíam da loja. Na hora que ele (Barbosa) bobeou eu fui pra cima”, conta Alex.

O empresário derrubou o revólver, um calibre 38, no chão, e diz que começou a “entrar em luta corporal” com Barbosa. “Ah, nessa hora o sangue sobe. Você nem imagina”, diz. O menor, que estava com um punhal, saiu correndo.

Enquanto isso, uma das funcionárias pegou a arma que ficou no chão e outra foi até a base da Polícia Militar do bairro. Os PMs chegaram e encontraram Alex imobilizando Barbosa. Ele foi preso e o menor foi localizado mais tarde na Rua Fernão Sales, próximo ao local.

O empresário veio de São Paulo a Ribeirão em outubro, quando abriu o Lojão Dan para vender produtos na linha do “quase tudo a R$ 1”. “Lá em São Paulo eu era segurança. Trabalhei dez anos com isso. Fiz curso, tudo. Por isso reagi”, conta Alex.

Segundo ele, nos seis meses de existência da loja, já foram quatro furtos. O último deles há pouco mais de um mês, no dia 7 de fevereiro. Os prejuízos chegam a R$ 150 mil. “Roubo a mão armada foi a primeira vez. A gente faz BO, mas é como enxugar gelo”, resigna-se.

A PM levou Linardi Ferreira Barbosa e Y.G.S.T. para a Central de Flagrantes. O primeiro foi encaminhado ao CDP (Centro de Detenção Provisória) e o segundo, ao NAI (Núcleo de Atendimento Integrado), onde ficará à disposição da Justiça.