opinião

Eu saúdo você

Mary Jane A. Paiva
14/09/2018 às 14:00.
Atualizado em 22/04/2022 às 03:55

Namastê é uma saudação essencialmente indiana. Representa a crença na luz divina que cada um de nós possui, e que fica no chacra do coração. A saudação tem um gesto, consiste na união das palmas das mãos em frente ao peito. Tem efeito, acredite. E tem a ver com a consciência da nossa essência com o respeito ao diverso, ao que não está só em nós. Se nós tivéssemos mais consciência das nossas vidas, das nossas condições terrestres, do propósito da nossa encarnação, interação e presença não estaríamos vivendo essa cultura de ódio, que tem como maior inimigo a diversidade. O ódio é algo terrível e em um país como o Brasil, onde a diversidade é uma riqueza, é ainda mais desprezível. Nossa ancestralidade veio da África, da Europa, da Ásia, e Américas. Por isso somos "a terra dos mil povos", como dizem os sábios índios que foram os primeiros a habitar a nossa terra. Claro, o ódio ao diverso não é exclusividade do Brasil. É global. Consequência da troca dos conceitos e valores coletivos pela supervalorizada auto-realização. Os modelos de família, de felicidade, de beleza, de política e ética parecem menos relevantes que o prazer de encontrar a realização pessoal, mesmo que seja por meio de likes virtuais (quanta tristeza). Claro que é importante ter a sua própria realização, no entanto, com ela e sem o bem-estar do diverso, o resultado não é lá de grande valia. Atualmente na nossa subjetividade como indivíduos, estamos pensando de uma forma isolada da humanidade. E, dizendo o óbvio: fazemos parte dela. Assim, quando caímos no narcisismo, no que é meu e não é nosso, nos afastamos de nós mesmo e perdemos nossa fé e nossa alma. É um comportamento traiçoeiro... É preciso uma intervenção de inteligência emocional, afetiva e cognitiva. Eu creio que a mudança que todos proclamam buscar está aí. É fundamental revolucionarmos o caminho e buscarmos a luz, assim, no plural. Resgatar o respeito, a empatia, a solidariedade por você e pelo outro. É urgente reencontrar a conexão perdida da nossa essência, aquela que permite que as pessoas se unam energeticamente, livres de qualquer amarras do ego. Entendeu o namastê que eu saudei, acima? Pratique-o além do gesto, para conectar os hemisfério direito e esquerdo do seu cérebro. Este é o símbolo da unificação e plenitude. Atinja o seu coração energético, "a sua flor de lótus", no centro do seu tórax. Encontre a sua e a alma do mundo. Valerá muito a pena, lhe garanto! NAMASTÊ.

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