UNIDADE DE SAÚDE

Estudantes e usuários protestam contra atraso em reforma

Obra que deveria ter sido entregue em 27 de janeiro do ano passado, na Vila Lobato, ainda não foi concluída; previsão é terminar em agosto

Guto Silveira
redacaogr@gazetaderibeirao.com.br
24/07/2013 às 20:13.
Atualizado em 25/04/2022 às 07:43

Cerca de 50 pessoas protestaram na tarde desta quarta-feira (24) contra o atraso na reforma do Centro Médico Social Comunitário (CMSC) da Vila Lobato, cujo prazo inicial de entrega era 27 de janeiro de 2012, mas ainda não foi entregue e a previsão de termino, agora é o mês que vem. A obra, que custou mais de R$ 1,5 milhão à Prefeitura, já teve até data de inauguração anunciada (19 de junho deste ano), mas não está pronta. A maior parte dos manifestantes foi de estudantes de Medicina da USP, por se tratar de um posto de atendimento de especialidades da faculdade e do Hospital das Clínicas, onde estudantes fazem estágio e residência médica. Mas usuários também compareceram e reclamaram do descaso com o cumprimento de prazos. A data do protesto foi escolhida em função de uma reunião do Conselho de Obra da reforma, mas nenhum representante da Prefeitura esteve presente. O estudante de Medicina André Correa de Almeida, 22 anos, presidente do Centro Acadêmico Rocha Lima, disse que a organização do protesto partiu dos estudantes e que os usuários foram convidados, mas poucos compareceram em função da chuva no momento do ato. “Viemos cobrar respostas da Prefeitura e o real empenho para terminar logo as obras, porque muitas pessoas estão com dificuldade em conseguir atendimento”, disse. Com o fechamento para reforma, os pacientes foram orientados a buscar atendimento na Unidade Básica Distrital de Saúde (UBDS) da Rua Cuiabá, mas nem transporte coletivo para o local eles têm. “Não foi feita qualquer compensação aos alunos e aos usuários”, afirmou André Correa. Elza Alves Torro, 69, vizinha do Centro, disse ter sido uma das primeiras pacientes, em 1970. “Hoje eu tenho convênio, mas estou lutando por quem não tem”, comentou. Segundo o vereador Ricardo Silva (PDT) que participou da reunião do Conselho a empresa responsável reclamou de atrasos nos pagamentos. “Se a Prefeitura pagar eles prometeram acabar em 30 dias”, disse o vereador. O professor de Medicina da USP e integrante do Conselho de Obra Ivan Savioli Ferraz confirmou a existência do problema. “Hoje a informação é que o pagamento está em dia, mas a empresa informou que ficou oito meses sem receber. Ela é tão vítima quanto nós”, apontou o professor. Segundo ele, no local provisório de atendimento são apenas duas salas, enquanto o local em reforma tinha dez. “Chegamos à situação de ter médico sem local para atender lá na UBDS. Com isso a demanda caiu muito”. Pagamento em diaA prefeitura nega que os pagamentos estejam atrasados e garante que estão “rigorosamente em dia” e não respondeu se ocorreram atrasos em meses anteriores. Sobre os atrasos, apontou que foi preciso alterar o projeto. “As obras sofreram [ATRASO] porque o projeto original teve que ser alterado em valor e em cronograma em razão das condições encontradas na estrutura física após o início dos trabalhos de reforma”, registra a nota. A nota ainda informa que nem os pacientes e nem os médicos foram prejudicados, porque o atendimento passou a ser feito na unidade do Sumarezinho. A Administração Municipal também não informou quantos aditamentos de prazos foram feitos na obra, mas foram quase dez, incluindo um de majoração do preço em R$ 344 mil (o valor inicial era de R$ 1,22 milhão). Quanto à conclusão, assegurou que será no mês de agosto.

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