LÍQUIDO E CERTO

Estrelas brasileiras

D.O.M., de Alex Atala, é o único restaurante do eixo Rio/São Paulo a receber duas estrelas Michelin

Suzamara Santos
suzamara@rac.com.br
18/05/2015 às 14:55.
Atualizado em 23/04/2022 às 13:17

Alex Atala, do D.O.M., o único restaurante a receber duas estrelas no Guia Michelin Rio de Janeiro & São Paulo ( Divulgação)

  Acabo de receber a primeira edição brasileira Guia Michelin 2015 Rio de Janeiro & São Paulo. A esta altura todos já reclamaram dos resultados. Nenhum restaurante mereceu as cobiçadas três estrelas da publicação. E apenas um, unzinho só, recebeu as duas estrelas que equivalem a “cozinha excelente, vale a visita”: O D..O.M., claro, de Alex Atalla. Ainda de São Paulo, com uma estrela (cozinha muito boa em sua categoria) foram citados Maní, de Helena Rizzo e Daniel Redondo, Jun Sakamoto, Olympique, Dalva e Dito, Epice, Fasano e outros baladados. Do Rio, alguns dos estrelados são Le Pré Catelan, Roberta Sudbrack, Artigiano, Oui Oui, Restô. Well, Well... A aferição feriu o orgulho de uns, é verdade, mas também foi festejada como um prestígio para a gastronomia nacional. Afinal, o Michelin existe há mais de um século, está em 24 países de quatro continentes e até que chegou tarde ao Brasil. Os avaliadores fazem visitas anônimas aos estabelecimentos e, claro, nunca aceitam cortesias. A nota é baseada em cinco critérios: a qualidade dos produtos utilizados, a personalidade da cozinha, a técnica de cozimento e a harmonização dos sabores, a relação preço/qualidade e a regularidade. A apresentação não foge muito do que se espera de qualquer guia. Organização, papel de qualidade e resistente, boas imagens, edição bilíngue e informações confiáveis. Mas o que me chama a atenção mesmo são os dois logotipos que “assinam” a publicação: o desengonçado boneco Michelin, símbolo da centenária marca de pneus, e o laranja inconfundível da Veuve Clicquot, grife de champanhe, fundada em 1772, hoje pertencente ao grupo de luxo LVMH. Os dois produtos parecem não ter nenhuma similaridade entre si. Mas têm. Ambas as marcas enxergam a gastronomia como um segmento nobre e selecionado ao qual vale a pena se associar. A Veuve, que é do ramo, patrocina também do Veuve Clicquot Best Female Chef, da academia dos 50 Melhores Restaurantes do Mundo, e é parceira do estreladíssimo francês Joël Robuchon. Saúde!  

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