Manifestação aconteceu em repúdio à não escalação de mão de obra avulsa pela Embraport
A tarde desta quinta-feira (4) foi marcada por mais um protesto em Santos, no litoral de São Paulo. Um grupo de cerca de 80 estivadores e portuários realizaram ato nas proximidades do prédio da Presidência da Companhia Docas do Estado de São Paulo, no Macuco, e foram até a prefeitura municipal, no Centro. A manifestação é em repúdio à não escalação de mão de obra avulsa pela Embraport.
Isto acontece por conta nova lei dos portos, regulamentada pela presidente Dilma Rousseff, que não obriga os novos portos privados a contratar trabalhadores vinculados ao OGMO (Órgão Gestor de Mão de Obra), entidade que cuida do registro e do treinamento dos funcionários da categoria, entre outras funções.
Um representante dos trabalhadores se reuniu com o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) e um representante da Empresa Brasileira de Terminais Portuários (Embraport). O prefeito se comprometeu a intermediar a negociação entre a categoria e a empresa.
O protesto foi definido pelo Sindicato dos Estivadores após uma reunião durante a manhã que durou cerca de três horas com representantes da Empraport. Por não entrarem em acordo, em relação à mão de obra utilizada nos terminais, os trabalhadores realizaram mais este ato e congestionaram a Avenida Perimetral, a Rua João Pessoa e também parte do tráfego da Via Anchieta, até a altura do viaduto do bairro Alemoa.
Por meio de nota, a Embraport informou que fez acordos de trabalho com base na CLT com o Sindaport, com o Sindicato da Capatazia e com o Sindicato dos Conferentes e enfatiza que fazendo isso, cumpre o que determina a nova Lei dos Portos. A empresa esclarece ainda que continua aberta ao diálogo e determinada a assegurar aos portuários todas as garantias trabalhistas da CLT.