Estátua da liberdade causa polêmica em Bauru

Uma réplica da estátua da liberdade símbolo de uma loja de departamentos inaugurada recentemente em Bauru despertou uma onda de comentários nas redes sociais. O monumento, de 35 metros de altura, fica em uma das entradas da cidade. De cor chamativa, atrai os olhares de quem passa por ali. De acordo com o diretor-presidente da empresa, Luciano Hang, a estátua é um presente da rede de lojas de departamentos para a cidade e seus moradores. Mas para alguns bauruenses, o presente não foi bem aceito. Nas redes sociais, surgiram comentários questionando o bom-gosto dos responsáveis pela loja e a influência do monumento na paisagem urbana. Uma das manifestações mais ousadas foi a petição online criada na última segunda-feira (29) pelo advogado Fábio Galazzo, 29 anos. Na descrição do documento online vem a explicação: "Preservação da paisagem da principal entrada da cidade de Bauru, patrimônio cultural do município, que foi agressivamente modificada sem consulta popular, em favor de publicidade descabida para a empresa". O link da petição rapidamente alcançou mais de 20 compartilhamentos no Facebook. Até a manhã desta quarta-feira (31), 920 pessoa haviam deixado a assinatura em favor da retirada do monumento do local. Assim que a petição caiu na rede, sugiram manifestações contrários e comentários revoltosos. "Alguns dizem que existem motivos mais importantes para nos preocupar, como saúde e educação. Uma coisa não exclui a outra, que não se confunda um mero episódio como esse, com os grandes problemas municipais como saúde e educação, que tem uma importância infinitamente maior", diz. Fábio deixa claro que a petição surgiu de uma ideia bem-humorada e passa longe do caráter político. Ele explica que quer apenas reunir pessoas que também discordem da presença do imponente monumento em local tão exposto à quem chega ou sai de Bauru. Havendo grande número de assinaturas, o documento será encaminhado ao dono da loja. "É apenas uma manifestação de opinião de um grupo de pessoas, uma solicitação de forma educada e civilizada, nada mais que isso. Se a maioria for à favor da estátua, ela deve ficar, sem problema algum, da maneira mais democrática possível", diz. De acordo com a assessoria de imprensa da empresa, o diretor-presidente já foi informado sobre a polêmica, mas ainda não tem uma posição sobre o assunto, uma vez que não recebeu a petição. "É dos símbolos da loja, desde 1996, e representa a liberdade de compras do cliente. Algumas lojas não têm pois terreno não comporta, mas há estátuas em outras cidades", informa a assessoria.