CAMPINAS

Estado reserva R$ 80 milhões para o Teatro Carlos Gomes

Três áreas do Parque Ecológico estão sendo avaliadas para receber o prédio

Maria Teresa Costa
teresa@rac.com.br
27/02/2013 às 05:04.
Atualizado em 26/04/2022 às 03:07
Imagem de como será o prédio do Teatro Carlos Gomes (Divulgação)

Imagem de como será o prédio do Teatro Carlos Gomes (Divulgação)

Uma apresentação da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), em junho, vai marcar o lançamento da pedra fundamental do Teatro Carlos Gomes, teatro de ópera que será construído pelo Estado e Prefeitura, no Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Sallim.

Três áreas estão sendo avaliadas, dentro do parque, para instalar o prédio com capacidade para 918 lugares: na entrada principal do parque, ao lado do estacionamento; atrás do campo de futebol ou no ponto mais alto da área. “Temos ainda algumas pendências de projeto, mas já está tudo certo para que o parque seja transferido para o município e para que a construção do teatro possa começar ainda este ano”, disse o prefeito Jonas Donizette (PSB).

Depois de se reunir, em seu gabinete, com o secretário estadual de Meio Ambiente, Bruno Covas, Jonas informou que alguns acréscimos serão necessários na proposta, como por exemplo, o projeto de som e de iluminação. “O governo reservou R$ 80 milhões para a construção e nos avisou que precisamos apresentar o projeto completo, com custo fechado, porque depois não haverá novos repasses”, disse. Segundo ele, o cálculo feito em 2011, estimou em R$ 50 milhões a construção e o projeto. “Como temos o projeto, mesmo com os acréscimos que serão necessários, é possível que o valor fique menor”, afirmou.

O projeto tem 18 volumes de plantas, disse o secretário municipal de Cultura, Ney Carrasco, que informou que o acordo será assinado até junho, quando então será lançado o edital para a contração da obra.

O acordo entre Estado e Prefeitura prevê que o Estado custeie a obra e a Prefeitura a construção. O prefeito disse ontem que quer um edital de contratação de obras que leve em consideração preço e técnica, para não correr o risco e se ver obrigado a contratar empresa sem experiência apenas porque ofereceu o menor preço. “Não poderemos correr o risco de a obra parar, porque depois não teremos mais recursos”, disse.

Covas informou que a principal duvida é se haveria necessidade de desafetar a área do parque para fazer o teatro, mas isso não será preciso, porque é área pública para a construção de um bem público. Se precisasse desafetar, a Assembleia Legislativa teria que aprovar, atrasando o início da obra. A obra vai exigir licenciamento ambiental, que será feito pela Prefeitura, porque o impacto será apenas local. O secretário do Verde e Desenvolvimento Sustentável, Rogério Menezes, disse que será um licenciamento sem problemas, porque possui alternativas locacionais, o impacto é local e, se houver necessidade de corte de árvores, será muito pequeno. A secretaria vai aguardar uma cópia do projeto entregue ao Estado na semana passada, para dar início ao licenciamento.

Projeto

A casa projetada pelo arquiteto Carlos Bratke será uma das mais modernas salas de espetáculos do Brasil, com projeto de acústica para receber grandes apresentações, inclusive óperas. O desenho prevê um auditório com capacidade para 1,2 mil pessoas e sete pavimentos. A doação do projeto à Prefeitura foi publicada no Diário Oficial em maio de 2011 com um valor simbólico de R$ 400 mil.

O palco do teatro terá 18 por 17 metros, avançado sobre a plateia, com lobby com capacidade para receber exposições, fosso para orquestra, pavimento intermediário, outros quatro superiores e mais dois pisos técnicos. Há a possibilidade até mesmo de fazer um grande salão subterrâneo em uma segunda etapa. No projeto estão inclusos salas para a imprensa, músicos, de maquiagem, de emergência e de ensaios, além do espaço reservado para o arquivo de partituras, camarins e sanitários.

O estudo projeta um teatro de estilo elisabetano (inglês) com acústica para receber grandes espetáculos e óperas. A estética e o estilo adotado tanto externa quanto internamente possuem linhas extremamente arrojadas e seguem um novo conceito de teatro.

Junto com o teatro, virá o Parque Ecológico para Campinas. Jonas estima que o custeio anual será da ordem de R$ 6 milhões para manter o parque com segurança, e em condições de uso e projetos que atraiam visitantes.

Na reunião desta terça (26), o prefeito pediu ao secretário que fizesse as reformas necessárias e a limpeza da área, para que a Prefeitura receba o parque em condições. “Queremos que ele seja usado com fins culturais e de educação ambiental. Teremos a gestão completa do espaço”, afirmou.

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