Último boletim médico divulgado aponta que a prefeita fez fisioterapia e conversou com familiares, além de se alimentar normalmente
A Assessoria de Imprensa do Hospital São Francisco, informou, por meio de boletim médico divulgado no final da tarde desta segunda-feira (20), que a saúde a prefeita Dárcy Vera (PSD) se mantém estável. O boletim, no entanto, não sinaliza a possibilidade de alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), informado pela manhã.
“O estado de saúde da paciente Dárcy Vera permanece estável, com todos os sinais vitais dentro da normalidade. Ela almoçou, tomou café da tarde, fez fisioterapia e conversou com familiares. Continua fazendo uso de antibióticos e seu quadro está evoluindo bem”, registra o boletim, assinado por Marcus Ferez, médico intensivista, e Woe Tong Chan, diretor técnico do São Francisco.
Novo boletim será divulgado na manhã desta terça-feira (21), quando pode ser anunciada a transferência da prefeita da UTI para um quarto, como chegou a afirmar o médico Marcus Ferez, em entrevista coletiva na manhã desta segunda, quando afirmou que a prefeita teve quadro grave, com risco de morte
Na entrevista, o médico afirmou que o estado de saúde da prefeita é bem melhor, e que ela não corre risco de morte, mas que esta situação existiu na quarta-feira (15), quando estava internada no Hospital Santa Luzia, em Brasília.
“O quadro dela, de hoje, está muito melhor, evoluindo bem, do ponto de vista respiratório, cardiovascular e renal. Ela está com as funções vitais completamente estáveis, como pressão, respiração, diurese, respiratória e os exames bioquímicos coletados, de sangue e de imagem estão numa melhora crescente. Portanto hoje ela não tem nenhum tipo de risco de morte”, disse Marcus Ferez.
Ele ainda fez previsão sobre a alta da UTI. “Provavelmente, se tudo transcorrer dentro do planejado e das nossas metas terapêuticas de tratamento, amanhã (terça), se Deus quiser, ela poderá ir para o quarto, onde ficará mais à vontade com seus familiares”, afirmou o médico. Depois de deixar a UTI, ela deve ficar ainda esta semana hospitalizada e, após a alta médica, deve manter repouso em casa por mais 15 dias.
RISCO
Sobre o risco que a prefeita correu, na semana passada, o médico disse que o pior momento foi na quarta-feira. “Ela teve um quadro de infecção urinária com pielonefrite, ou seja, uma infecção do rim que se disseminou para o sangue, que vulgarmente conhecemos como septcemia, e para nós, no intensivismo, a gente chama de choque séptico”, disse.
O médico apontou que em função da septcemia, “onde houve uma queda de pressão muito intensa, necessitando, lá em Brasília, de recuperação desse quadro infeccioso grave, onde na quarta-feira foi o dia pior de risco de morte que ela teve”.
Marcus Ferez explicou também que a infecção está sendo controlada com antibióticos específicos e, com isso, houve um controle parcial, na quarta-feira, em Brasília. “Depois ela teve uma complicação da septcemia, que é uma insuficiência respiratória, que a gente chama de insuficiência respiratória aguda, em adultos, que precisou ser controlada com ventilação não invasiva e medicação específica”, afirmou.
Este foi, segundo ele, o “ponto máximo de gravidade, quando se combinou as duas disfunções orgânicas, a renal e respiratória, juntamente com a circulatória”. O médico assegurou, no entanto, que quando houve a transferência para Ribeirão Preto, no sábado, o quadro já era melhor e continua evoluindo.
EVOLUÇÃO RÁPIDA
De acordo com o médico, ela já tinha sintomas da doença na manhã de terça-feira, com ardência ao urinar e um pouco de febre, mas também afirmou que a evolução de infecções deste tipo é bastante rápida. “Ela foi para Brasília com alguns sintomas, que reputou de gravidade menor, até pela compulsividade de trabalho que ela tem”.
“Em qualquer lugar do organismo, particularmente na urinária, a evolução é muito rápida, porque o rim é um órgão extremamente vascularizado, muito cheio de sangue, e para estes germes que estão ali ganhar a circulação é muito rápido”, afirmou.