ENTREVISTA

Estado de São Paulo luta para incentivar viagens

Várias frentes de ações foram criadas e englobam desde os municípios até a iniciativa privada

Vilma Gasques
19/05/2013 às 15:39.
Atualizado em 25/04/2022 às 15:27
O secretário de Turismo Cláudio Valverde, que tem a gastronomia como hobby (Divulgação)

O secretário de Turismo Cláudio Valverde, que tem a gastronomia como hobby (Divulgação)

O desenvolvimento do setor de turismo no Estado de São Paulo passa por um plano de ações que envolvem quatro pilares: viajar, dormir, comer e visitar. E para estimular as pessoas a apostarem em todos esses pontos, o secretário de Turismo, Cláudio Valverde desenvolveu várias ações que envolvem os municípios e iniciativa privada. “Não temos influência no dormir, por exemplo, mas podemos investir no viajar. E são 42 milhões de pessoas, somente moradores do Estado que podem circular por esse importante pólo econômico da América Latina e o primeiro destino turístico do Brasil”, adianta.

O desafio é grande, diz Valverde. Primeiro porque a Secretaria foi criada em 2010 justamente para ser um vetor da economia do Estado. Mas também porque a empreitada é proporcional aos números: 622 quilômetros de praias e 138 mil hectares de Mata Atlântica. São Paulo ainda abriga 67 municípios classificados como estância e 300 cidades com potencial para o turismo. “Mas temos opções que atendem a todos os gostos e bolsos que vão desde belas praias, ao clima da montanha da Serra da Mantiqueira. E um dos pontos principais de desenvolvimento está no pilar da gastronomia”, cita.

Entretanto, a Secretaria trabalha para desenvolver ações que incluam todos os públicos, de todas as idades e camadas sociais. E para isso foi criado o programa Turismo do Saber, com um conceito básico de levar crianças do interior para passar uma semana no litoral durante as férias escolares de janeiro, e crianças do litoral para passar uma semana no interior durante as férias de julho. “É um intercâmbio para incentivar essas viagens inclusivas, em que oferecemos uma programação de passeios, hospedagem e alimentação. Pode parecer algo mecânico, mas é muito importante para quem participa”, garante Valverde.

Somente nesse ano, mais de quatro mil crianças viajaram por meio do programa. E a expectativa é de ampliar esses números.

A segunda ação inclusiva é o Programa da Melhor Viagem, voltado a pessoas idosas. Nesse caso, cidades com menos de 30 mil habitantes podem montar seus grupos e fornecer o transporte. A Secretaria Estadual do Turismo completa o pacote de benefícios oferecendo a programação cultural e turística, hospedagem e alimentação. “Isso é dar oportunidade para as pessoas conhecerem as belezas de São Paulo”, observa.

Desenvolvendo a economia

Além dos projetos de turismo de inclusão, a Secretaria Estadual do Turismo busca fortalecer o setor, um dos principais geradores de renda em todo o mundo. “Entre os programas desenvolvidos está o “Roda São Paulo”, que acompanha o calendário de festividades do Estado. Durante a temporada de verão, ficou na Baixada Santista”, lembra.

De acordo com o programa, o interessado adquire um cartão e por R$ 10,00 ao dia pode percorrer vários locais, em ônibus especiais. “São vários roteiros disponíveis aos turistas e com pontos turísticos diversos nas cidades visitadas. Esse ano já foram registradas 22 mil viagens”, contabiliza.

A Secretaria também aposta nos roteiros gastronômicos e regionais. E um dos programas desenvolvidos foi o “Sabor de São Paulo”, que desde o início do ano vem movimentando o setor em várias regiões. Nessa semana Campinas recebeu o evento, com a finalidade de identificar os cinco melhores pratos da região que foram classificados para a final do festival no mês de junho, na Capital.

“Na verdade esse projeto está desvendando histórias, fornecendo informações culturais, revelando o convívio na realização dos pratos com os produtos da terra, promovendo desta forma a culinária regional paulista no seu melhor estilo”, diz Valverde.

Todas as receitas dos vencedores terão lugar garantido no Guia Turístico-Gastronômico Sabor de SP que será lançado pela Secretaria de Turismo e distribuído em agências de turismo, trade e órgãos vinculados ao setor.

Realizado com apoio do SENAC e parceria com a Revista Prazeres da Mesa, o concurso classificou em Campinas os seguintes pratos: Forrobodó do Farnel, de Viviane Helena Ferreira Moraes; Luiguiçaria Real Bragança, de Patrícia Polato Pedro Lopes; Imbruio Caipira, de Roberto Lourenço de Moraes; Bocado com Sete Recheios, de Izilda de Fátima Vieira e Panino de Porchetta, de Eliane Negro Camperlingo.

O evento de Campinas atraiu mais de 200 receitas. “O evento vem de encontro à importância do setor gastronômico, que é um dos mais relevantes da atividade turística do Estado. E este é um projeto que está desvendando histórias, fornecendo informações culturais, relevando o convívio na realização dos pratos com os produtos da terra, promovendo desta forma a culinária regional paulista no seu melhor estilo”, completa.

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