Existem empresas que estão interessadas na área total do Brinco de Ouro e não apenas no seu entorno
Os sócios patrimoniais do Guarani participam, nesta terça-feira (29), de uma Assembleia Geral Extraordinária que será determinante para definir os rumos da negociação imobiliária do clube. Em pauta na reunião, que acontece a partir das 18h30, no Ginásio de Esportes, estará a nomeação de uma nova Comissão Imobiliária e os sócios também decidirão se vão autorizar o Conselho de Administração a prosseguir as tratativas para a negociação. Além disso, serão apresentadas algumas das propostas de empresas interessadas e que envolvem a área total do Estádio Brinco de Ouro, e não apenas o entorno, como previa o projeto aprovado pela Prefeitura.Negociar toda a área do Brinco e construir um novo estádio em outro local nunca foi o plano A, mas ganhou força recentemente, segundo afirma o presidente Álvaro Negrão, um dos responsáveis diretos pelas tratativas. "Todas as empresas interessadas pensam num projeto que resulte em um Valor Geral de Venda maior e isso é bom para o Guarani, que terá em torno de 20% e 25% desse valor", destaca. "Tínhamos que fazer o que era mais viável e rápido na Prefeitura que era o projeto do entorno, mas os estudos de todas as empresas caminharam para uma possível retirada do Brinco. O foco já é uma arena em outro local", completa Negrão.Um novo projeto significaria nova aprovação da Prefeitura e mais tempo para execução. Isso, no entanto, não preocupa o presidente. Ele garante que o clube terá o retorno antes disso. "Demoraria mais para o projeto acontecer, mas os problemas seriam atacados desde já. Teríamos o pagamento das dívidas trabalhistas e receitas para o clube se manter e tocar suas obrigações."Com respeito à reunião desta terça, não há qualquer temor por uma recusa dos sócios em dar andamento às negociações. "O Guarani tem uma dívida de cerca de R$ 225 milhões e que sobe R$ 20 milhões por ano. É preciso fazer algo para salvar o Guarani" , reforça o dirigente.EMPRESASNa disputa para participar dessa negociação estão seis empresas: PDG, Odebrecht, Grupo Sena, Magnum, Multiplan e Camargo Corrêa. Todas elas terão até o dia 6 de maio para apresentarem as propostas finais."Os seis grupos nos deram cartas de intenções formalizando que têm interesse em fazer proposta, para mostrarmos que o negócio é real", revela Negrão.