iG - Milene Moreto (Cedoc/RAC)
O clima esquentou na reunião do diretório do PT ontem. O grupo dos expulsos – entre eles o secretário de Trabalho e Renda, Jairson Canário – tentou apresentar novos documentos para reverter a decisão que desfiliou 13 petistas que insistem em ficar no governo de Jonas Donizette (PSB). Desta vez, o grupo levou declaração de dois membros do diretório para atestar o fato de não terem autorizado as suas substituições no dia em que foi decidido que o PT seria oposição do governo.
Sem esses dois integrantes – um deles é o ex-vereador Josias Lech – não haveria quórum para a votação, o que invalidaria a decisão. Os expulsos tiveram de sair da sala e houve bate-boca. O presidente do PT Campinas, Ari Fernandes, disse que a reunião de dezembro é legítima e que não houve nenhum questionamento sobre as substituições. Segundo ele, por estarem suspensos das atividades do partido, os expulsos não têm direito à palavra.
De olho
O que se comenta é que a insistência dos petistas expulsos em se manter no PT deve-se à eleição do novo diretório, no final do ano. De acordo com alguns militantes, há petistas pensando longe. O fato é que, se o grupo de Canário for eleito para comandar o PT de Campinas, a aliança com Jonas ficará ainda mais consolidada e inviabilizará um concorrente petista nas eleições de 2016. O grupo dos expulsos nega qualquer articulação para assumir o comando do partido.
Minha garantia
O vereador Artur Orsi (PSDB) brincou com a fala de Jonas durante a posse da diretoria do Ibef e disse que pode assegurar a permanência do prefeito na cadeira máxima do Executivo por oito anos e não por 18.
Em Miami
Jonas vai estampar uma edição do jornal Miami Herald. O mandatário do Palácio dos Jequitibás concedeu entrevista ontem para o periódico norte-americano e tratou do desenvolvimento social e econômico de Campinas e região. Ele afirmou que o essencial para a atração de investimentos é ter mão de obra qualificada, estrutura logística e qualidade de vida.
Deputados
Deputados do PT eleitos pela RMC estiveram ontem com o secretário de Segurança Pública do governo do Estado de São Paulo, Fernando Grella. Os deputados Professor Tito, Ana Perugini, Antonio Mentor e Gerson Bittencourt pediram uma intervenção em Sumaré, em razão de os Correios não realizarem entregas de encomendas em 14 bairros devido à violência. Grella disse no encontro que vai estudar uma solução para a cidade.
Camprev
O presidente do Camprev, José Ferreira Campos Filho, esteve ontem em negociação com o banco BVA para recuperar um investimento de R$ 5 milhões aplicados na instituição financeira em 2011. O banco, prestes a ser vendido, ofereceu um deságio de 90%. Dr.Campos recusou e disse que o banco pode quebrar, mas a Prefeitura não vai abrir mão de recuperar o valor total.
Proposta
A proposta do banco foi pagar ao Camprev R$ 500 mil. Com a recusa do instituto, o BVA pediu um prazo de 10 dias para apresentar outra proposta.