Pelo segundo ano consecutivo, equipe campineira foi derrotada na final da Superliga masculina (Divulgação/Vôlei Renata)
O Sada Cruzeiro ampliou seu domínio na Superliga Masculina de Vôlei ao conquistar o título da competição pela nona vez. A nova taça foi erguida diante de mais 10 mil torcedores no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, neste domingo, após vitória por 3 sets a 1, com parciais de 18/25, 25/23, 25/23 e 25/21, em duelo com o Vôlei Renata Campinas.
Foi a segunda final consecutiva disputada pela equipe campineira, vice-campeã novamente, depois de ser derrotada pelo Sesi-Bauru na final da temporada passada. O Cruzeiro se isolada ainda mais como maior campeão.
O primeiro set foi de superioridade inesperada do Campinas, que destruiu a expectativa inicial de equilíbrio no duelo. A equipe paulista foi avassaladora abriu 4 a 0 e não deixou os adversários se aproximarem de reduzir a diferença em nenhum momento, tanto que a menor distância ao longo do set foi de cinco pontos, e a maior de dez. Assim, não teve maiores dificuldades para fechar a parcial em 25/18.
Os papéis se inverteram no segundo set, no qual o Cruzeiro se manteve à frente do placar do início ao fim da disputa. Não conseguiu exibir o mesmo domínio apresentado pelo Vôlei Renata na primeira etapa e viu a vantagem diminuir para apenas um ponto em alguns momentos, porém deslanchou no fim e fez 25/23 para empatar o duelo em 1 a 1.
No terceiro set, o combate foi equilibrado desde o começo. O Cruzeiro esteve em vantagem por mais tempo, porém deixou o Campinas empatar em muitas oportunidades e chegou a sofrer a virada. Com Oppenkoski, Gabriel Leão e Gabriel Vaccari em manhã inspirada, os cruzeirenses fecharam em 25/23 quando Lucão fez o ponto final para ficar a um set do título.
Apesar da força demonstrada pelo Vôlei Renata, a equipe mineira foi muito mais consistente durante a maior parte da partida e isso se traduziu no set derradeiro, vencido por 25/21 pelos cruzeirenses.
"É muito difícil estar aqui, nos custa muito trabalho, muito suor. Carregar essa medalha não é um castigo, é uma honra, só chegam dois aqui e fomos um dos dois. Queríamos ter sido campeões, sim, mas é uma honra ter essa medalha no peito e que nos motiva ainda mais para tentar fazer ainda melhor na temporada que vem", comentou o técnico do time campineiro Horacio Dileo.
Para o capitão Bruninho, ver o Ibirapuera lotado foi algo marcante. “É continuar construindo, acreditando, faz parte, se você está chegando, significa que você está no caminho certo. Falta esse último passo e tenho certeza que ele vai chegar", acrescentou.
O maior pontuador campineiro na partida foi o oposto argentino Bruno Lima, com 15 acertos, seguido por Adriano, com 13. Judson fechou com dez. O Vôlei Renata teve grande manhã no bloqueio, terminando o duelo com 14 pontos no fundamento.
"Sabíamos que não seria um jogo fácil, são duas potências do vôlei brasileiro, eles tem um histórico, conseguiram se reerguer melhor que nós durante a partida. Sacaram melhor que nós e nos detalhes foram melhores. A gente, infelizmente, não soube sair dos momentos de dificuldade e eles conseguiram", analisou o ponteiro Adriano.
"Saímos muito tristes porque a gente tinha muita possibilidade. A gente construiu durante toda temporada, eles fecharam melhor o segundo e o terceiro set e isso condicionou o quarto set. Eles haviam ganhado confiança. São jogos assim, definidos nos detalhes, e se você não está fino nos detalhes você perde. Fizemos um jogo de bloqueio bom, talvez não estivemos finos nos ataques de bola quebrada, que trabalhamos muito durante a semana, mas eles tem peças, tem um time realmente bom e foram merecedores. Parabenizar a eles, foram melhores, mereceram levantar a taça", complemenou Dileo.
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