Vôlei Renata conta com a fidelidade da torcida

Com boa performance na atual edição da Superliga e atual vencedor do Campeonato Paulista, o Vôlei Renata não tem como seus principais trunfos apenas os ataques do oposto Felipe Roque ou do ponteiro Adriano ou as jogadas mirabolantes do levantador Demi Gonzalez. Desde o começo do projeto, a torcida sempre teve papel ativo e preponderante. 

Com média acima de três mil pagantes no Ginásio do Taquaral, os fãs da equipe campineira são considerados peças essenciais na busca do título nacional. “A torcida é um dos pilares fundamentais do projeto. Campinas tem uma tradição no Vôlei desde a retomada do projeto em 2010. A torcida abraçou o time e muitas e muitas vezes lotou o Taquaral em nossos jogos”, descreveu o gestor da equipe, Fernando Maroni. “Eles nos seguem em Campinas e nos jogos fora de casa é um diferencial para o time”, completou.

Se os dirigentes demonstram consciência sobre o poder e a força das arquibancadas, quem fica grudado no calendário à espera dos jogos não arreda o pé e considera que a camisa do Vôlei Renata é como uma extensão da sua vida. 

A instrumentadora cirúrgica Conceição Rener, de 58 anos, não esconde a paixão pelo time campineiro. Pelo contrário. Ela diz que frequenta os jogos desde os patrocinadores iniciais do projeto. Segundo ela, o sentimento foi de amor à primeira vista. “É um amor sem explicação”, disse. 

Ela não esconde a predileção pelo clube em virtude de sempre apreciar um bom espetáculo de vôlei. Ela se confessa uma torcedora militante, daquelas que buscam trazer novos adeptos para as arquibancadas. “Isso é muito engraçado. Algumas pessoas acham que eu sou louca. Aí eu reforço a convite, a pessoa vai (ao jogo) e vira (louca pelo clube) também”, afirmou. Na sua visão, o diferencial dos jogos do Vôlei Renata é a integração existente entre jogadores e as arquibancadas. “Tudo é muito terapêutico e envolvente! 

Já a gerente administrativa Rosemeire Silva, de 57 anos, é outra com muita história para contar. Detalhista, ela relata que seu primeiro jogo foi no dia 25 de janeiro de 2011 e desde então sua relação com o vôlei mudou. Tanto que até hoje, Rosemeire conta que perdeu apenas três jogos do Vôlei Renata. A predileção pelo Vôlei Renata foi o combustível para participar da fundação em 2011 do Torcida Sempre Campinas, que firmou o compromisso de encontrar-se sempre ao lado do Vôlei Renata, seja como visitante ou mandante.“Além disso, as amizades feitas por esse Brasil todo ao longo desses anos são os principais motivos para estar presente em todos os jogos. Já rodei esse Brasil atrás da equipe pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná e interior de São Paulo”, contou Rosimeire, satisfeita por presenciar instantes inéditos tais como nas participações no Campeonato Sul- Americano e no Mundial de vôlei. 

Existem instantes em que os torcedores são envolvidos em episódios pitorescos e que só reforçam o conceito de que não existem limites para demonstrar o amor pelo Vôlei Renata. Um destes fatos teve como protagonista a própria Conceição Rener e que ocorreu na época da pandemia, quando a entrada de torcida era proibida. “O time disputava o Campeonato Paulista e os dois últimos jogos foram contra o extinto Taubaté. Fomos para lá e ficamos no hotel. Tenho um vídeo que até hoje não sei como consegui gravar. Enfim, os Meninos entraram em quadra, ganharam o jogo e foram campeões. O time do Taubaté era praticamente uma Seleção. Esse foi um momento inesquecível e 'marcou demais”, completou Conceição Rener.