ATLETISMO

Valdileia Martins, atleta da Orcampi, garante classificação para o Mundial

Ouro no Sul-Americano, a atleta de salto em altura da Orcampi garantiu classificação para o seu primeiro Mundial

Esportes Já
07/08/2023 às 09:06.
Atualizado em 07/08/2023 às 09:06
A atleta de Campinas saltou 1,84m no Sul-Americano e o objetivo é chegar à marca de 1,90m: “Está na minha perna, sei que tenho condições” (Tiago Bueno/Orcampi)

A atleta de Campinas saltou 1,84m no Sul-Americano e o objetivo é chegar à marca de 1,90m: “Está na minha perna, sei que tenho condições” (Tiago Bueno/Orcampi)

“Vou entrar para dar pancada”. Com essas palavras, Valdileia Martins, de 33 anos, resumiu de que forma está sua expectativa para a disputa do Mundial de Atletismo. Atleta de salto em altura da Orcampi, Valdileia participará da competição pela primeira vez na carreira e sonha alto. “Quero ser finalista”. O Mundial está marcado para ocorrer entre os dias 19 a 27 deste mês, em Budapeste, na Hungria. Outra atleta da equipe campineira que conquistou vaga na competição foi Tiffani Marinho, que competirá nos 400m rasos.

Valdileia conseguiu a classificação depois de conquistar o ouro no Campeonato Sul-Americano disputado no último final de semana de julho, no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa de São Paulo. Com o salto de 1,84m, ela também se garantiu nos Jogos Desportivos Pan-Americanos, em Santiago, no Chile, de 29/10 a 5/11. Tanto no Mundial quanto no Pan, a atleta busca índice para a Olimpíada de Paris, no ano que vem.

“No Mundial, sei que tenho que saltar acima do 1,90m e tenho condições. Essa é minha meta. Está na minha perna. É só uma questão de entrar bem confiante na prova e saltar alto. Estou com o meu mental muito forte”, diz. Para o Pan, no Chile, o objetivo é ser medalhista. “São competições com nível muito alto e não posso entrar para brincar.”

SUL-AMERICANO

No Sul-Americano, Valdileia superou um resultado abaixo do esperado no Troféu Brasil, realizado em Cuiabá, no início de julho. “Ela fez uma preparação para o Troféu Brasil, buscando a vaga para o SulAmericano. Em Cuiabá, a Val acabou ficando nervosa, fez uma marca razoável, bem abaixo do que poderia, e ficou com a prata. Mas ela não desanimou, voltou a treinar bem para o Sul-Americano e, mesmo com o frio, saltou 1,84m”, explicou Dino Cintra, treinador da Orcampi.

“Foi um resultado expressivo”, resumiu a atleta. “Como estava frio, tive que me manter o máximo aquecida. Consegui atingir o meu objetivo e conquistar importantes pontos para o ranking mundial. Agora é continuar treinando e subir o sarrafo. Estou sempre batendo na trave e acredito que daqui a pouco o meu resultado vai sair e vou subir para a casa do 1,90m. Essa é a minha meta e estou muito perto. Mais um pouquinho de paciência e de carga de treino e vou conseguir”, comenta Valdileia.

Tiffani Marinho vai para o seu terceiro Mundial adulto (Divulgação)

Tiffani Marinho vai para o seu terceiro Mundial adulto (Divulgação)

Outros destaques da Orcampi em São Paulo foram as medalhas de prata conquistadas por Tiffani Marinho e Vitor Hugo de Miranda, ambos nos revezamentos 4x400m feminino e masculino, respectivamente. Tiffani ainda ficou em 4º lugar nos 400m rasos, com 51.83, e vai para o seu terceiro Mundial adulto – competiu também em 2019 e 2022 e em 2018 disputou o Mundial sub-20). 

A equipe de Campinas ainda esteve representada por Marcio Teles, que ficou em quarto lugar nos 400m com barreiras (50.91) e pela jovem promessa Vinicius de Carvalho, de apenas 20 anos, que ficou em 7º lugar nos 3.000m com obstáculos (9.10.76). Essa foi a primeira convocação para seleção brasileira adulta de Vinicius.

O Brasil foi campeão Sul-Americano, mantendo a hegemonia no continente, com 19 medalhas de ouro, 15 de prata e 10 de bronze, totalizando 44 pódios. A Colômbia ficou em segundo lugar no geral e o Chile em terceiro. A competição teve uma marca histórica para o Brasil: pela primeira vez um atleta do país completou os 100m rasos abaixo de 10s. Líder do ranking nacional, Erik Cardoso fez o tempo de 9.97sna final e garantiu a medalha de prata na competição. O jovem Issamade Asinga, de Suriname, foi o mais rápido na decisão com 9.89s e estabeleceu o novo recorde sul-americano e recorde mundial sub-20 – aos 18 anos, ele nasceu nos EUA, mas compete pelo país natal de seu pai.

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