Scheidt comemora título mundial na classe Laser, em Fortaleza, em 2005 (Thomas Scheidt/Divulgação)
Histórias para contar não faltam por parte de quem é o maior medalhista olímpico do Brasil e tem 185 títulos na carreira - 91 internacionais e 94 nacionais. São elas que definem a trajetória de um ícone do esporte brasileiro. Cada passo seu, agora, está com a marca registrada. No livro “Robert Scheidt - O Amigo do Vento”, uma vida dedicada ao esporte é anunciada.
"Foram inúmeras conversas, entrevistas, histórias, pensamentos e memórias”, conta o velejador Robert Scheidt, que na próxima quinta-feira participará de uma noite de autógrafos ao lado do jornalista de Campinas, Rafael De Marco, o autor da obra. O evento, aberto ao público, acontece a partir das 19h, na Arena Centauro (Av. Paulista, 1227), em São Paulo.
Em 396 páginas, o livro lançado pela ZDL Editora narra a trajetória do atleta dono de cinco medalhas olímpicas, duas de ouro, duas de prata e uma de bronze. A publicação também traz mais de 100 fotos. “Acho importante que essas experiências que o esporte me deu não se percam no tempo. Espero que gostem da leitura e que talvez sirva de inspiração às novas gerações", comenta Scheidt, que ainda é recordista em participações em olimpíadas, com sete aparições na maior competição poliesportiva do planeta. Eleito o maior velejador do mundo em duas oportunidades, o brasileiro também tem 14 títulos mundiais na sua galeria de conquistas.
“O livro aprofunda a trajetória vitoriosa de Scheidt”, comenta De Marco. “O público sabe de suas conquistas, especialmente as olímpicas, mas nem todo mundo dimensiona o tamanho de seus feitos em nível mundial. E também apresenta fatos inéditos, com histórias que Robert ainda não havia revelado fora do círculo familiar e amigos mais próximos. O mais inusitado envolve a medalha que não veio nos Jogos do Rio de Janeiro”, comenta o jornalista, que também é autor de “Matador de Dragões - a filosofia e a vida do campeão olímpico Joaquim Cruz.
Joaquim Cruz, aliás, assina o prefácio do livro. A ligação entre os dois campeões data da Olimpíada de Los Angeles, em 1984, quando o pequeno Robert, então com 11 anos de idade, assistiu à conquista de Cruz nos 800 metros pela TV. A partir daquele momento, na sala da casa dos pais, em São Paulo, o menino que se tornaria bicampeão olímpico e dono de cinco medalhas começou a sonhar.
A IDEIA
De Marco conta que a ideia da obra veio por "culpa" da biografia de Joaquim Cruz. “Um dia encontrei Robert Scheidt pessoalmente e ele me parabenizou pelo livro. Passados alguns meses, veio a ideia de escrever a história do maior medalhista olímpico do Brasil”, lembra. As conversas começaram em meados de 2019 e um ano depois vieram as pesquisas e entrevistas. “A pandemia atrapalhou um pouco o processo, mas como encurtou o intervalo entre os Jogos do Japão e Paris, programei o lançamento para o período mais próximo dos Jogos Olímpicos da França”, explica o autor.
Para De Marco, ter o biografado como fonte faz a diferença. “Gera a possibilidade de desvendar detalhes que apenas ele viveu e emoções que só ele sentiu. Além das checagens precisas e eventuais confrontos de versões. No caso do livro com o Scheidt, assim como foi com o Joaquim Cruz, não ficou nenhuma pergunta sem resposta.”
O autor brinca que com esse seu segundo livro já contabiliza sete medalhas olímpicas no currículo - cinco do Scheidt e duas do Joaquim, sendo três de ouro – sem suar uma gota. Por outro lado, dimensiona a responsabilidade em escrever histórias de personagens tão relevantes do esporte nacional. “Na frente do teclado, dá para dizer que ensopei algumas camisas.”
O livro “Roberto Scheidt - O Amigo do Vento” já está a venda on-line no site da ZDL Editora e na Amazon, além de ser possível adquirir o livro na noite de lançamento na Avenida Paulista, em São Paulo.
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