‘Atletas da Academia Boxe Fight asseguram que o compromisso de alcançar bons resultados dentro do ringue na Argentina está garantido (Divulgação)
A equipe Boxe Fight de Campinas se prepara dentro e fora dos ringues para a disputa inédita do Mundial de Artes Marciais, que acontece na Argentina, nos dias 11 e 12 de novembro. O maior desafio, no entanto, vai além do aprimoramento técnico, físico e psicológico dos atletas. Trata-se de mais uma equipe da cidade que luta por recursos para bancar a viagem e os custos referentes à estadia e à competição. A meta é encontrar um patrocinador, mas, enquanto nenhuma empresa aparece, o jeito é apostar em “vakinhas” virtuais, rifas entre outras opções.
“Podemos dizer que é um grande desafio”, diz a treinadora e atleta Flávia Fracini, de 27 anos. “A Boxe Fight conquistou sete vagas para esse Mundial, não é qualquer equipe que consegue um resultado desses. Nossos atletas estão preparados e todos vão trazer um bom resultado para o Brasil. Nosso maior desafio para esse Mundial não está dentro do ringue, mas sim nos custos dessa viagem”, reforça. E acrescenta: “nosso maior objetivo é conseguir patrocinadores que nos ajudem com esses gastos. Acreditamos que se várias empresas nos ajudar, conseguiremos arrecadar o valor necessário. Em contrapartida, fazemos a divulgação dos patrocinadores.”
A equipe já previa os gastos, mas após uma pesquisa mais apurada considerou os valores acima da expectativa. Só o custo envolvendo passagem aérea para os oito participantes (sete atletas e um treinador) será de R$ 15 mil.
“Temos apoiadores que contribuem com equipamentos e serviços, mas não financeiramente”, explica Flávia, que faz questão de citar o nome dos apoiadores: “É a Cristina da Jugui Artigos para Artes Marciais, o Patrick do Bora Barbearia, o Gabriel da RockFit calçados e o Gustavo da Watch Rescue Relojoaria”. A treinadora acredita que qualquer ajuda é bem-vinda. “Tenho fé que conseguiremos atingir o valor para a competição”. Aos interessados em contribuir, a chave do pix é 19 99175-6985.
Lutadores exibem o comunicado de convocação emitido pela Organização Internacional de Artes Marciais e Esportes de Contato para o evento na Argentina (Divulgação)
BONS RESULTADOS
A convocação para o Mundial aconteceu após os bons resultados obtidos no Sul-Americano disputado em maio, em São Paulo. A equipe campineira venceu quatro finais na categoria boxe, duas por nocaute e duas por decisão unânime. Os medalhistas de ouro foram Davi Fracini (81kg), Gabriel Ferreira (57kg), João Farias (69kg) e Rafael Almeida (+91kg). Heitor Bortolozo (75kg) e Lucas Camarine (+91kg) foram medalhistas de prata, enquanto Fernando e Flávia Fracini receberam o troféu de Treinadores Destaques.
TRAJETÓRIA
A academia Boxe Fight foi aberta em Campinas por Flávia e seu pai Fernando há seis anos depois de uma vida nômade de ambos dentro do esporte. Sempre treinada por seu pai, hoje com 54 anos, Flavia começou no atletismo antes de investir na luta. Nas duas modalidades já alcançou bons resultados.
A oportunidade de abrir a academia em Campinas surgiu quando Flavia e Fernando treinavam no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP) de São Paulo. A Boxe Fight trabalha com todos os níveis de praticantes, desde o iniciante até o alto rendimento. Os atletas que participaram do último Sul-Americano foram formados na base da academia.
Apesar das dificuldades, lutadores mantêm o otimismo (Divulgação)