Evellyn, de 17 anos, em combate: promessa da modalidade (Divulgação)
A pernambucana Evellyn Pereira hoje olha para trás e agradece aos pais por convencê-la a trocar o sonho de ser bailarina para se tornar uma judoca. Aos 17 anos, a atleta da Associação Campineira de Judô (ACJ) é considerada uma promessa da modalidade. Chamada de “tsunami” pelos que a acompanham, a garota desfruta de um momento especial. Neste mês de fevereiro, logo em seu primeiro ano na categoria sub-21, ela chegou à liderança do ranking nacional e agora se prepara para competir na Alemanha com a seleção brasileira em uma seletiva para o Mundial que acontece em outubro no Turcomenistão.
“Estou treinando muito pesado e vou dar o meu melhor. Será um prêmio a realização desse sonho de competir na Europa com chance de ir para o Mundial, não só para mim, mas também para os meus pais”, diz Evellyn, relatando sua expectativa para sua participação no chamado circuito europeu – etapa Bad Blankenburg, que acontece entre os dias 20 e 26 de março.
A judoca, que luta dentro da categoria pesado (+78kg), mostra talento para a modalidade desde seus primeiros anos de prática, mas foi em 2018 e 2019 que ela deu um salto. “Fiquei invicta nesses dois anos e por isso as pessoas passaram a me chamar de ‘tsunami’”, lembra. No período, quando integrava a categoria sub-15, chegou a ficar em segundo lugar no Sul-Americano disputado no Chile.
Agora, 2024 está sendo um ano de mudanças que têm reforçado o seu envolvimento com o judô. Além de integrar uma nova categoria, a sub-21, ela trocou o lugar de treino. Evellyn chegou na ACJ depois de deixar uma academia em Paulínia, cidade para a qual se mudou com os pais aos 4 anos de idade, vinda do Recife, onde nasceu. Na nova casa, seu talento foi acentuado. “Me senti acolhida na associação. Fiz amizades novas e vi uma condição que vai me ajudar a subir cada vez mais”, relata.
E o progresso foi instantâneo. Depois de ficar em primeiro lugar na sua categoria em uma seletiva nacional, ela garantiu vaga no Meeting Nacional Sub18 e Sub21, que reuniu os melhores judocas do Brasil. A competição aconteceu nos dias 2 e 3 deste mês no Rio de Janeiro e Evellyn subiu no lugar mais alto do pódio, garantindo a liderança no ranking e a vaga no circuito europeu. “Minha força vem de Deus e da família. Sou uma pessoa de muita fé”, ressalta.
Outro nome de destaque da ACJ no meeting foi Livia Souza Tateama, de apenas 14 anos, que ficou na sétima colocação na categoria sub-18, -40kg. Ela teve uma luta curiosa na competição. “Perdi o combate para a Jeissiara, que acabou sendo a campeã do meeting. No ano passado, enfrentei a mesma adversária na disputa do terceiro lugar do Brasileiro e na ocasião venci. Não foi possível repetir o mesmo resultado agora”, comenta a judoca, que pratica o esporte desde os 3 anos de idade e também é considerada uma promessa da associação.
ACJ
Fundada no dia 26 de dezembro de 2005, a ACJ já tem uma tradição em Campinas. Hoje, cerca de 160 alunos participam das aulas que acontecem no Polo Taquaral – “Centro de Treinamento de Lutas” – e no Colégio Sagrado Coração de Jesus, no bairro Nova Campinas.
“Este ano, iniciaremos mais dois polos por meio do Projeto de Lei de Incentivo ao Esporte do Governo Federal”, informa Claudio Tateama, professor da associação. “Serão aulas nas Escolas Estaduais Carlos Gomes (Centro) e José Maria Matosinho (São Bernardo) com 80 alunos em cada unidade.”
Quem quiser participar das atividades, que são gratuitas, pode entrar em contato por meio dos seguintes canais:
WhatsApp Corporativo (19) 97144-5454; Direct no Instagram @judoacj, e-mail ([email protected]) ou pelo telefone/WhatsApp (19) 98172-1454.
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