TÊNIS

Thiago Monteiro vence o Challenger de Campinas

A última vez que um brasileiro havia ganhado o torneio foi em 2013, com Guilherme Clezar

Esportes Já
09/10/2023 às 08:47.
Atualizado em 09/10/2023 às 08:47
Tenista brasileiro teve apoio efusivo dos torcedores (Divulgação)

Tenista brasileiro teve apoio efusivo dos torcedores (Divulgação)

Depois de dez anos, o Brasil volta a conquistar o ATP Challenger de Campinas, na Sociedade Hípica. E a quebra do jejum veio com o cearense Thiago Monteiro, que venceu o argentino Ugo Carabelli por 2 sets a 1, de virada, na final deste domingo, e garantiu o título. A última vez que o país havia ganhado o torneio foi em 2013, com Guilherme Clezar, que era o único brasileiro na relação dos campeões da competição campineira, disputada desde 2011 em um total de 13 edições.

Com as parciais de 3/6, 6/4 e 6/4, Monteiro vai ultrapassar Felipe Meligeni e se tornar o número 2 do Brasil, perto do top 120 na atualização do ranking desta semana. O torneio na Hípica garante 100 pontos ao campeão e a premiação recorde de US$ 130 mil (R$ 673 mil).

Monteiro chegou em Campinas embalado pela conquista da maior vitória de sua carreira. Em agosto, ele bateu o dinamarquês Holger Rune, o quarto melhor do mundo, durante a disputa da Copa Davis, na Dinamarca.

Na Hípica, onde foi vice-campeão em 2021, o cearense mostrou que poderia realizar grande campanha ao chegar nas quartas de final superando o argentino Facundo Diaz Acosta, 106 do mundo e terceiro favorito ao título, por 2 sets a 1, de virada. Em seguida, passou pelo boliviano Hugo Dellien em uma batalha de quase 3h na qual também perdeu o primeiro set. Já na semi, adiada de sábado para domingo de manhã em função das chuvas, o brasileiro não teve trabalho em fazer 6/2 e 6/1 no confronto diante do italiano Luciano Darderi. Na sequência, à tarde, disputou uma partida bastante equilibrada contra Carabelli, número 177 do mundo, por quase 3h, e novamente fez um duelo de recuperação para fechar a semana com chave de ouro.

SEMANA DE GRANDES DUELOS

A semana do Challenger de Campinas foi marcada por fatos curiosos. Já no qualifying, que aconteceu entre domingo (1) e segunda-feira (2), uma surpresa: um professor de tênis de 28 anos somou seus primeiros pontos no ranking da ATP ao bater uma das promessas do Brasil, de virada. Jefferson Wendler Filho ficou mais de 20 minutos comemorando o resultado na quadra 3, beijou o saibro e chamou a atenção do público.

“Não tenho palavras para descrever o que acabo de fazer”, disse o paulista natural de Barueri, que superou o catarinense Pedro Boscardin Dias, 421º do mundo, por 2 sets a 1, depois de levar pneu no primeiro set (6/0), vencer o segundo por 7/5, após estar perdendo por 5/2, e fechar o jogo em 6/2.

Outro fato marcante da competição foi protagonizado pelo paulista Igor Gimenez e o argentino Facundo Mena, na segunda-feira. A partida vencida pelo brasileiro por 2 sets a 1, com parciais 7/6(7), 6/7(2) e 7/6(3), durou 4h15 e foi a mais longa da história do torneio. Em função do forte calor que fez em Campinas no dia, Gimenez passou mal depois do confronto e precisou de atendimento no hospital. “Eu não hidratei tão bem como deveria. Foi nisso que vacilei”, reconheceu o paulista.

Um momento de emoção durante as disputas da semana teve como personagem o gaúcho Orlando Luz, 437º do mundo, que pela primeira vez venceu um top 100 na carreira. O triunfo por 2 sets a 1, com parciais de 6/3, 3/6 e 6/3, sobre o argentino Federico Coria, 82º no ranking ATP, levou o brasileiro às quartas de final. “É uma emoção muito grande de quem bateu na trave muitas vezes nos últimos anos para ganhar de um top 100. Não é fácil quebrar barreiras no tênis”, afirmou o jogador.

A decepção ficou por conta da eliminação de Felipe Meligeni. Depois de fazer história no US Open, onde pela primeira vez na carreira jogou a segunda rodada de um Grans Slam, o campineiro parou na Hípica antes das quartas diante do argentino Roman Burruchaga, que venceu por 2 sets a 1, parciais de 6/4, 3/6 e 0/6.

RELAÇÃO DOS CAMPEÕES

2022: Jan Choinski (GBR)

2021: Sebastian Baez (ARG)

2020: Francisco Cerundolo (ARG)

2019: Juan Pablo Varillas (PER)

2018: Christian Garin (CHI)

2017: Gastão Elias (POR)

2016: Facundo Bagnis (ARG)

2015: Facundo Arguello (ARG)

2014: Diego Schwartzman (ARG)

2013: Guilherme Clezar (BRA)

2012: Guido Pella (ARG)

2011: Maximo Gonzalez (ARG)

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