VASCO

Técnico que desperta atenções no Brasileirão relembra início em Campinas

Mineiro de Cambuí, treinador se formou em Educação Física na Unip e passou pelo Guarani e Pulo Futsal

Esportes Já
29/07/2024 às 15:13.
Atualizado em 29/07/2024 às 15:13
Rafael Paiva assumiu o comando sem alardes e conseguiu levar o Vasco do Z4 ao meio da tabela: em evolução (Vasco da Gama)

Rafael Paiva assumiu o comando sem alardes e conseguiu levar o Vasco do Z4 ao meio da tabela: em evolução (Vasco da Gama)

Apesar de ser pouco conhecido do grande público, Rafael Paiva é um dos destaques entre os treinadores da Série A do Campeonato Brasileiro. Técnico do time sub-20 do Vasco, ele assumiu o profissional como interino e em um mês de trabalho fez a equipe carioca subir o elevador na tabela: da zona de rebaixamento foi para o meio da classificação. O bom desempenho do e os resultados positivos em um curto espaço de tempo chamam a atenção e podem até surpreender alguns. No entanto, quem conhece a história de Paiva sabe do potencial do treinador, cujos primeiros passos foram dados em Campinas. 

“Mais um excelente profissional que passa por aqui”, atesta Jerusalém Jefferson Pereira Novaes, o Jeffão, idealizador, fundador e CEO do Pulo Futsal, clube em que Paiva trabalhou como preparador físico desde as categorias de base até o time principal. Nessa época, o jovem mineiro de Cambuí dividia seu tempo com o Pulo, os estudos na Faculdade de Educação Física na Unip (Universidade Paulista) e as atividades no Projeto Bugrinho, a escolinha de futebol do Guarani. Em entrevista ao Esportes Já na última semana, Paiva relembrou das convivências e dos aprendizados adquiridos na cidade que, na sua avaliação, foram fundamentais para o impulso de sua trajetória. Além de Jeffão, do Pulo, o ex-ponta esquerda João Paulo, os saudosos Jorge Mendonça e o ex-lateral-esquerdo Diogo, além de Júlio Toledo Piza, todos ligados à base do Brinco de Ouro, estão entre os mestres.

“Foram pessoas importantes, parceiras e com as quais aprendi muito”, conta. Um aprendizado que define como “fantástico” em Campinas foi dentro do Projeto Bugrinho, onde teve a oportunidade de colocar em prática uma paixão: o trabalho com crianças. “Pude dar aulas para garotos a partir dos 5, 6 anos até 17, 18, além de treiná-los”, lembra. “Foi uma experiência grandiosa que possibilitou o meu desenvolvimento como professor e treinador.” No Guarani, Paiva também foi preparador físico do sub-15 e sub-17 e depois seguiu outros rumos. 

Passagens pela China, seleção brasileira de base, Mogi Mirim, São Paulo, Palmeiras e Vasco foram carregadas de novas possibilidade profissionais e destacadas pela conquista de títulos e formação de novos talentos. No sub-17 do Verdão, por exemplo, levou o time ao bicampeonato brasileiro e também da Copa do Brasil em 2022 e 2023. Já no Vasco, para onde retornou neste ano após uma passagem em 2021, as portas foram abertas para dirigir o time principal logo depois de levar o sub-20 cruzmaltino ao título da Copa Rio. 

Na primeira oportunidade da carreira em uma equipe profissional, como substituto do demitido Ramón Díaz, Paiva conseguiu classificar o Vasco às oitavas de final da Copa do Brasil em maio. Em seguida, retornou ao sub-20 com a chegada do técnico português Álvaro Pacheco, que, no entanto, durou apenas quatro jogos no cargo. De volta ao comando do time principal, o mineiro reestreou com uma goleada por 4 a 1 sobre o São Paulo, em São Januário, pelo Brasileiro. E depois de uma derrota e um empate, alcançou uma sequência de quatro vitórias sobre Fortaleza, Internacional, Corinthians e Atlético-GO. Hoje, embora ainda não trate Paiva como efetivado, o Vasco valoriza o profissional e confia no trabalho. 

“O que existe é um processo e muita dedicação diária na tentativa de implementar uma forma de jogar equilibrada. Sempre vi a equipe com boa condição técnica, bons talentos e jogadores experientes. Estamos também valorizando a base. Temos tentado organizar as peças da melhor forma. Estamos evoluindo, mas precisamos evoluir mais e tentar pontuar para levar o Vasco a uma boa campanha”, projeta. 

Ser efetivado ou não no cargo é indiferente para Paiva. “Sou o treinador e me sinto capacitado”, afirma. “Da minha parte, tenho aproveitado para vivenciar uma Série A, evoluir como técnico e me sentir cada vez mais pertencente a esse cenário”, revela Cledson Rafael de Paiva, que completará 40 anos no dia 26 de agosto.

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