Laura Silva, de 16 anos, conquistou resultados expressivos neste primeiro semestre (Divulgação)
Embalada por resultados expressivos no squash conquistados nos últimos anos e neste primeiro semestre de 2024, Laura Silva, de Campinas, encara uma verdadeira maratona de competições internacionais com a seleção brasileira entre julho e agosto. Líder do ranking nacional da modalidade, a atleta do Esporte Clube Pinheiros busca seguir sólida nessa condição e também melhorar a sua colocação no ranking mundial, no qual é a número 112 atualmente. Em longo prazo, ela trabalha para estar em condições de representar o país na Olimpíada de 2028, em Los Angeles, ocasião em que o squash estreará nos Jogos.
O primeiro desafio nesse meio do ano é o Sul-Americano Adulto, que acontece em Santiago. A atleta viajou à capital chilena na última sextafeira e competirá entre hoje e sábado. No torneio, o objetivo é, no mínimo, repetir o resultado conquistado no ano passado, no Rio de Janeiro, quando alcançou a medalha de bronze no individual e por equipes. “Sigo me preparando bastante para poder fazer o melhor”, diz Laura, que na categoria juvenil é tricampeã sul-americana.
Quando retornar do Chile, Laura terá pela frente o Mundial Juvenil, que será disputado em Houston, nos Estados Unidos, entre 12 e 23 de julho. Ela destaca o alto nível da competição. “Com certeza será bem difícil e espero chegar o mais longe possível. Como é Mundial, conquistar medalha será uma tarefa complicada, mas vamos ver”, afirma.
A sequência da maratona internacional marca sua participação no Pan-Americano Adulto, no Peru, entre 4 e 10 de agosto, outra disputa que exigirá bastante da atleta campineira. Em 2023, Laura teve sua primeira experiência na competição, realizada em Cartagena, na Colômbia. “Minha expectativa é seguir me aperfeiçoando para estar em um nível bastante considerável no período dos Jogos de Los Angeles”, projeta.
Laura encara as competições no exterior depois de se destacar neste primeiro semestre em torneios importantes que aconteceram no Brasil. Em maio, ela foi vice-campeã da etapa do PSA (Professional Squash Association) Challenger Tour do Esporte Clube Pinheiros e conquistou o título do mesmo circuito realizado em Porto Ferreira. Na sequência, veio a medalha de ouro na Copa do Brasil.
SQUASH NO DNA
Laura pode dizer que o squash está em seu DNA. O pai, Josafá Bezerra da Silva, de 61 anos, conheceu o esporte quando tinha 24 e se apaixonou pela prática que reúne os adversários em um espaço fechado de aproximadamente 9,75m por 6,4m. O objetivo é disputar pontos golpeando com a raquete uma bolinha de borracha contra a parede.
“Eu treinava a minha esposa que foi a número 2 do Brasil profissional e, na sequência, veio meu filho, o Kiki Silva, que foi o melhor juvenil da história do squash brasileiro, seis vezes campeão sul-americano e número 1 do ranking brasileiro profissional”, conta Josafá, que mantém dentro da academia João Soares, em Campinas, a Jota Squash, onde a filha treina em média de duas a três horas por dia. “Desde pequena a Laura tem contato com o esporte e isso ajudou ela a gostar da prática e a se desenvolver. Tenho uma outra filhinha de 6 anos que já está começando também. Vamos ver se ela se interessa.”
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